Finanças para quem mora sozinho: saiba como organizar os gastos
Anotar os gastos do dia a dia, ter uma reserva de emergência e evitar compras por impulso estão entre os objetivos de finanças para quem mora sozinho.
Morar sozinho é a realidade e também o desejo de uma série de pessoas. Essa situação traz benefícios como a maior privacidade, mas também novas responsabilidades, como arcar com todas as despesas do lar. Anotar os gastos do dia a dia, ter uma reserva de emergência e evitar compras por impulso estão entre os objetivos de finanças para quem mora sozinho.
Entenda, a seguir, como organizar a vida financeira, de modo a não extrapolar o orçamento.
Planejamento financeiro para quem mora sozinho
Primeiramente, recomenda-se anotar os receitas e despesas. Isso pode ser feito, por exemplo, em uma planilha. Mas para quem não tem familiaridade com essa plataforma, pode escrever esses valores em um caderno. O importante é ter a noção de quanto dinheiro é necessário a cada mês.
Sendo assim, é preciso definir os gastos fundamentais. Tais como: alimentação, contas de água e luz, aluguel. Feito isso, será possível verificar se o atual padrão de vida condiz com o orçamento disponível. Conforme explica a coach e educadora financeira Átila Lima, se a pessoa perceber que vive um padrão de vida maior do que consegue pagar, deve começar a pensar em soluções como: procurar um lugar com aluguel mais barato, dividir espaço com outra pessoa ou aumentar a renda mensal.
Ademais, ter uma reserva de emergência deve ser um dos objetivos para finanças de quem mora sozinho. A reserva equivale à um montante de dinheiro que se usará em casos de imprevistos. A quantia recomendada é de no mínimo seis meses de despesas essenciais, segundo a educadora.
Gastos com alimentação
Já no quesito alimentação, uma dica é fazer um cardápio prévio do que será consumido ao longo da semana ou do mês. Isso evita desperdícios, como é o caso de comprar um legume que não tem o costume de preparar, e ele acabar apodrecendo. Ou então adquirir um outro item somente pelo fato de estar na promoção, e não consumi-lo até seu vencimento. “Você joga dinheiro fora quando joga alimentos fora”, afirma Lima.
Além disso, também é válido evitar de ir ao supermercado no início do mês, que é quando a maioria das pessoas vai e os preços tendem a estar um pouco mais altos. A dica é ir a partir do dia 10. Fazer as comprar em mercados atacadistas pode ser mais econômico, ao obter mercadorias em fardos, por exemplo. E pode-se dividir as compras com um amigo, caso seja necessário.
Gastos com limpeza
Mais uma vez é preciso observar os hábitos de consumo pessoais, para não comprar produtos em excesso. Recomenda-se verificar a quantidade de artigos de limpeza usados a cada mês.
No que tange a limpeza da casa em si, avaliar a contratação dos serviços de uma diarista vai variar da situação de cada pessoa. Lima diz que essa questão é relativa ao tempo disponível, caso seja possível usar as horas que seriam dedicadas à uma faxina para obter uma renda extra, pode-se considerar pagar alguém para esse trabalho.
Manutenção do lar
Um lar precisa de cuidados. Comprar eletrodomésticos, reformar um cômodo, pintar algumas paredes ou caprichar em uma decoração. Para isso é necessário planejamento. Dessa forma, o passo a passo é anotar os objetivos e o tempo em que deseja alcançá-los. A partir disso, estimar se ‘cabe’ no orçamento. Caso não a resposta seja negativa, não é hora de desanimar, mas sim de procurar novos caminhos.
Um deles é considerar realizar a meta em um intervalo maior de tempo. Ou procurar por alternativas mais baratas: por exemplo se quer um novo guarda-roupa, considerar comprar um semi-novo ou reformar o antigo.
Identificando gastos desnecessários
Diferenciar as despesas básicas das dívidas é essencial para conseguir cortar alguns gastos. Feito isso, e com os objetivos anotados é possível ter um controle financeiro. E não se deixar levar por anseios imediatistas e compras desnecessárias, mesmo que os produtos estejam em promoção.
A coach diz ainda que é fundamental buscar por educação financeira, e assim, entender conceitos relativos às finanças. Acessando então conteúdos e cursos de qualidade. Ou buscando orientação de um profissional da área para alinhar as finanças para quem mora sozinho.
Bônus: dicas de finanças para quem está pensando em morar sozinho
Para quem não mora sozinho, mas tem esse desejo há algumas orientações que podem ajudar a tomar a decisão. A princípio, é pertinente estabelecer o padrão de vida que se terá de acordo com a renda mensal. Não há problema caso esse padrão diminua em relação ao vivido morando com a família. Então, define-se um limite de gastos que poderá ser pago a aluguel ou parcelas de financiamento, bem como as demais despesas.
Por fim, é oportuno já ter parte da reserva de emergência construída. Em torno de dois ou três meses de despesas disponíveis. Sendo assim, se recorrerá a ela em caso de necessidade, ao invés de contratar um empréstimo ou ter que retornar a casa dos pais.