Economia Criativa em números: o setor que mais cresce na economia global

Pautado pela criatividade, cultura e inovação, esse setor cresce rapidamente e é reconhecido pela ONU graças ao seu poder transformador, inclusivo e sustentável.

Assim como o nome já entrega, a economia criativa é um modelo de desenvolvimento pautado na criatividade.Trata-se de um modelo novo e orientado pelo capital intelectual que gera valor econômico.

A principal diferença entre a economia criativa e os outros modelos econômicos é a sua matéria-prima, que aqui são a cultura e também a criatividade. Somados os valores intangíveis, esses bens tornam o modelo ideal em um mundo cada vez mais pautado pela inovação.

E em tempos de crise, novos modelos de negócios orientados por esse espírito começam a se destacar.

Segundo o “Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil”, publicado pela Firjan em 2016, apenas no ano de 2015 a área criativa gerou uma riqueza de R$ 155,6 bilhões na economia nacional. Arquitetura, artes visuais, publicidade, design, games, moda, música e comunicação fazem parte dessa indústria. Mas não pára por aí.

 

O que impulsiona a economia criativa?

O que é economia criativa
Imagem: reprodução / unsplash

 

Diferentemente de outros modelos de negócio, na economia criativa o principal valor é intangível. Afinal, a criatividade humana não pode ser quantificada. No entanto, quando aplicada em empresas, ela cria soluções inovadoras e gera riqueza.

Podemos, portanto, afirmar que o que impulsiona esse modelo de negócios é a inovação. Em um mundo cada vez mais competitivo, esse é um valor que precisa estar no cerne dos novos negócios que desejam brilhar diante da concorrência.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a indústria criativa tornou-se uma força vital na aceleração do desenvolvimento humano. Isso porque os negócios orientados por ela capacitam as pessoas a assumir a responsabilidade por seu próprio desenvolvimento. Além disso, áreas criativas também estimulam a inovação que pode impulsionar o crescimento sustentável inclusivo.

“Se bem nutrida, a economia criativa pode ser uma fonte de transformação econômica estrutural, progresso socioeconômico, criação de empregos e inovação. Ao mesmo tempo, contribui para a inclusão social e o desenvolvimento humano sustentável”, afirmou o relatório da organização.

 

Economia criativa, inclusão e desenvolvimento sustentável

Dados sobre a economia criativa
Imagem: reprodução / unsplash

 

Segundo os dados avaliados pela ONU, nos últimos 15 anos, que a economia criativa é um dos setores de crescimento mais rápido da economia mundial. Somado a isso, a organização também aponta para o poder transformador de geração de renda, empregos e exportações.

Para se ter uma ideia do impacto social, a UNESCO destacou que na Europa os setores criativos empregam empregam mais jovens do que qualquer outro setor. Além deles, as mulheres também desempenham papel dominante na fabricação de produtos criativos principalmente nos países em desenvolvimento.

De acordo com as estimativas da UNESCO, em 2013 o setor criativo gerou US $ 2,3 trilhões (3% do PIB mundial) e 29,5 milhões de empregos (1% da população ativa mundial). Um estudo da Oxford Economics ainda estimou que o setor é responsável por mais de 10% do PIB no Brasil e nos Estados Unidos.

Outro relatório da ONU apontou como as indústrias criativas oferecem soluções ecologicamente corretas para os desafios do desenvolvimento sustentável. A moda sustentável, por exemplo, entra nessa conta, junto com o marketing de produtos naturais e cosméticos feitos em harmonia com a natureza.

 

ONU declara 2021 como “Ano Internacional da Economia Criativa para o Desenvolvimento Sustentável”

Setor criativo
Imagem: reprodução / unsplash

 

Na 74ª sessão da Assembleia Geral da ONU em 2019, o ano de 2021 foi declarado como Ano Internacional da ECONOMIA CRIATIVA para o Desenvolvimento Sustentável. A Indonésia foi o principal patrocinador da proposta, que foi apresentada por um grupo global de países, incluindo Austrália, China, Índia, Indonésia, Mongólia, Filipinas e Tailândia.

A proposta reconhece a necessidade de promover o crescimento econômico sustentado e inclusivo, bem como fomentar a inovação e fornecer oportunidades, benefícios e empoderamento para todos. O respeito por todos os direitos humanos também esteve na pauta.

Isso demonstra a necessidade contínua de apoiar os países em desenvolvimento e os países com economias em transição na diversificação da produção e das exportações, inclusive em novas áreas de crescimento sustentável, incluindo indústrias criativas.

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