Abono salarial é adiado para retorno do Benefício Emergencial
Com a mudança no calendário de pagamentos, cerca de R$ 7,6 bilhões deixam de ser pagos este ano.
O Governo Federal anunciou na quarta-feira (24) que o abono salarial foi adiado para 2022. Com isso, os valores dos pagamentos do PIS/Pasep, referentes ao segundo semestre deste ano, serão utilizados para o pagamento do BEm (Benefício Emergencial).
A decisão de adiar o abono salarial foi tomada pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Condefat) em acordo com o Governo, empresas e trabalhadores. Com a mudança no calendário de pagamentos, cerca de R$ 7,6 bilhões deixam de ser pagos este ano.
Por conta da pandemia, em 2020, o governo federal criou o BEm, que é o benefício pago para complementar a renda de trabalhadores que tiveram a jornada e o salário reduzidos. O benefício, por sua vez, custou R$ 33,5 bilhões aos cofres públicos.
A nova rodada de pagamentos do BEm pode ser aprovada após a votação do Orçamento de 2021, que pode ser definido ainda nesta quinta-feira.
Abono salarial adiado não tem data definida para voltar
O abono salarial adiado ainda não tem um novo calendário de pagamentos para 2022. A Codefat prevê que os beneficiários possam receber os valores já no primeiro semestre do ano que vem.
O calendário regular de pagamentos do abono salarial é feito de acordo com o mês do nascimento do trabalhador da iniciativa privada. Para os funcionário públicos, é usado o número final da inscrição do Pasep.
Qual o valor pago?
O valor do abono salarial é de até um salário mínimo, atualmente em R$ 1.100, e varia conforme o tempo de trabalho do cidadão. Caso tenha cumprido todo o ano de trabalho, recebe o abono salarial no valor integral.
Por outro lado, caso o trabalhador tenha cumprido apenas um mês de serviço, o valor pago é proporcionalmente a 1/12 do salário mínimo.
De acordo com o Ministério da Economia, os valores são arredondados para cima. Nesse sentido, quem trabalhou por um mês, por exemplo, tem direito a R$ 91,67 de abono. Com o arredondamento, o trabalhador recebe R$ 92.
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