Com receita mensal recorde em 2021, Uber precisa de mais motoristas
Ganho bruto mensal foi o maior nos 12 anos de história da empresa, que teve prejuízo de US$ 6,7 bilhões, em 2020
Depois de registrar um prejuízo de US$ 6,7 bilhões em 2020, a Uber começa a respirar mais aliviada neste ano. A empresa divulgou, na segunda-feira, 12, ter batido recorde mensal de receita bruta em viagens de carro e no delivery do Uber Eats no mês de março. O valor é a soma de todo o valor recebido pelas corridas e pelos pedidos de delivery, antes de o dinheiro ser repartido com motoristas, restaurantes e entregadores.
A divisão de mobilidade, que engloba as viagens de carro, registrou seu melhor mês desde março de 2020, com a receita bruta média diária aumentando 9% em relação a fevereiro de 2021. Já a divisão de delivery, que corresponde ao Eats, saltou mais de 150% na comparação anual.
“[A receita bruta] atingiu o nível mensal mais alto em quase 12 anos de história da empresa”, reportou a Uber à SEC, comissão de valores mobiliários dos EUA, em documento divulgado aos acionistas. A empresa, porém, não detalhou os ganhos neste primeiro trimestre, como o lucro no período. Essas informações devem ser compartilhadas em 5 de maio, quando a Uber revela seus resultados financeiros detalhados no período.
Motoristas da Uber
Com isso, a empresa também compartilhou que estão faltando motoristas. Afinal, nos EUA, muitos motoristas desistiram do transporte de pessoas e migraram para o delivery. Agora, a Uber vai investir US$ 250 milhões para reconquistá-los. “Conforme as taxas de vacinação aumentam nos EUA, observamos que a demanda do consumidor por mobilidade está se recuperando mais rápido do que a disponibilidade de motoristas”, disse a Uber. Apesar dessa falta de profissionais, a empresa afirma que “está no caminho certo para atingir lucro”
Vale lembrar que, em 2020, a Uber passou por sua maior turbulência em seus 12 anos de história. Fortemente afetada pela pandemia do novo coronavírus, a empresa se viu obrigada a se desfazer da divisão de táxi aéreo, vendendo a unidade para a startup Joby Aviation. A Uber também precisou vender a divisão de carros autônomos e um negócio de micromobilidade, com bicicletas e patinetes elétricos, adquirido pela a startup Lime.