Starlink: saiba tudo sobre os satélites de Elon Musk
Conheça o projeto desenvolvido pela SpaceX que pretende lançar mais de 40 mil satélites para oferecer internet mais rápida e acessível ao mundo inteiro.
O Starlink é um projeto audacioso e astronômico, que vai tornar os satélites de Elon Musk protagonistas de um avanço sem igual no mundo das telecomunicações.
Afinal, o programa foi desenvolvido pelo excêntrico bilionário para oferecer internet rápida e de valor acessível para o mundo todo. Para fazer isso acontecer, a ideia de Musk é produzir, lançar e operar uma verdadeira constelação espacial com sua marca.
Como funciona o projeto Starlink?
Inovação poderia ser o nome do meio de Elon Musk. O empresário já revolucionou o universo do automobilismo com os carros autônomos da Tesla. Já em 2016, fundou a Neuralink, que desenvolveu um sistema para controlar computadores através das ondas cerebrais. E ele também agita a indústria aeroespacial com a SpaceX.
Aliás, o que ele pretende agora com o Starlink é aproveitar a tecnologia da empresa para reduzir os custos e expandir a abrangência do serviço de internet. Hoje, as provedoras cobrem apenas regiões específicas, mas os satélites de Elon Musk serão capazes de alcançar até as regiões mais remotas do planeta.
Isso será possível porque os satélites possuem quatro antenas de alto desempenho. A combinação entre eles possibilita uma transmissão mais rápida e eficiente. Além disso, contêm um painel solar e voam em baixas altitudes, assim, quando entrarem em desuso, podem se desintegrar na atmosfera mais rapidamente.
O foguete Falcon 9 é o responsável por enviar 60 satélites por vez ao Espaço. Mas a empresa já informou que deseja aumentar essa capacidade, seja elevando a capacidade da nave ou até utilizando o Falcon Heavy, um foguete ainda mais potente.
Por enquanto, a SpaceX está liberada para operar até 12 mil satélites. Haverá uma divisão em grupos com cerca de 1.500 unidades posicionadas em forma de camadas. Até agora, o Starlink tem mais de 600 satélites na primeira camada a uma altitude de 550 km. As próximas serão de 384 km e, por fim, 1.200 km de altitude.
O grande objetivo do programa é lançar mais de 40 mil desses satélites de Elon Musk. A ambição do empresário é tamanha que ele quer, simplesmente, operar um número vinte vezes maior de satélites do que o total de modelos em órbita atualmente.
Como é a internet via satélite?
O projeto Starlink pretende oferecer internet rápida, com velocidade de download de até 1 gigabit por segundo. Na prática, entretanto, isso vai variar de acordo com uma série de fatores, como a quantidade de clientes usando a rede ao mesmo tempo, por exemplo.
Mas existe uma condição ainda mais importante, a latência, ou seja, o tempo que os dados levam para chegar do satélite até o usuário. Em geral, isso acontece entre 500 e 600 milissegundos, o que não é suficiente para videoconferência ou jogos on-line.
Já os satélites de Elon Musk estarão mais próximos da Terra, por isso a latência esperada é de menos de 20 milissegundos. Isso é equivalente à conexão de banda larga atual. Por outro lado, a conexão com a rede se dará por terminais em solo, que funcionarão como uma espécie de roteador.
Em relação aos valores, especula-se que a internet do Starlink custará em torno de US$ 80 mensais (R$ 440). Ainda não há data confirmada para o lançamento. Musk afirmou apenas que, em outubro, deve ter início um teste beta aberto ao público.
Para ver os satélites de Elon Musk passeando pelo Espaço basta acompanhar o site findstarlink.com. Ali você descobre quando eles estarão visíveis na sua cidade.