Cora, banco digital de PMEs, recebe aporte de R$ 150 milhões

Recursos irão para o crescimento orgânico, que inclui aprimoramento tecnológico e desenvolvimento de produtos de crédito

A fintech Cora, startup especializada em soluções financeiras para pequenas e médias empresas, anunciou, na segunda-feira, 5, um aporte de US$ 26,7 milhões (quase R$ 150 milhões na cotação de hoje). A rodada de investimento foi liderada pela Ribbit Capital com participação da Kaszek Ventures, QED Investors e Greenoaks Capital.

Com apenas seis meses de operação, a Cora já conta com 53 mil clientes que usam seus serviços financeiros. Primeiramente, a fintech oferecia apenas um serviço gratuito de emissão de boletos que automatizam a cobrança dos clientes das pequenas empresas. Depois, deu seus passos como banco, com um cartão de débito, uma conta digital e até transferências via PIX.

Agora, a Cora está fazendo seus primeiros testes com um cartão de crédito. Com o novo aporte, a empresa vai ampliar seus investimentos para o crescimento do negócio, o aprimoramento tecnológico e o desenvolvimento de mais produtos de crédito. A ideia, com a nova expansão, é ter ao menos 380 mil clientes, em 2021.

“Em pouco tempo conseguimos desenvolver produtos que os clientes realmente amam e que impactam o cotidiano dos seus negócios. Com isso, estamos crescendo a base de clientes de forma consistente, dando início à transformação dos serviços financeiros para pequenos negócios no país”, afirma Igor Senra, presidente da Cora, em entrevista à Exame.

Mirando no longo prazo, a Cora quer ser o principal banco das pequenas e médias empresas brasileiras, o que vai permitir que ela faça uma análise detalhada de crédito desse público. “O banco tradicional cobra o cliente por qualquer coisa. Aqui, acreditamos que quanto mais o cliente movimenta conosco, melhor”, diz Senra na entrevista.

História da Cora

Por mais que a fintech tenha pouco tempo de mercado, este não é o primeiro cheque recebido pela empresa. Em 2019, o projeto da Cora recebeu um investimento de US$ 10 milhões da Kaszek e da Ribbit Capital para estruturar o negócio. Na época, foi a maior quantia já levantada por uma startup da América Latina em rodada de captação semente.

Tamanha aposta do mercado na Cora, porém, não é à toa. Os fundadores da startup, Léo Mendes e Igor Senra, eram os nomes por trás da startup de meios de pagamentos Moip, vendida em 2016 para Wirecard por R$ 165 milhões. A nova startup, então, já nasceu com pedigree e com o mercado curioso para ver os novos passos de Mendes e de Senra.

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