3 tipos de desastres climáticos e o que você pode fazer para reverter isso
As ocorrências climáticas são naturais até o momento que não ameaçam a existência de um bioma. Confira nesse texto porque você precisa se preocupar com os desastres climáticos e o que você precisa fazer no seu dia a dia para alterar esse quadro.
O desastre climático é natural? Sim e não. Sim porque as ocorrências climáticas fazem parte do ciclo da terra como as chuvas e as mudanças na maré.
Entretanto, a partir do momento que a ação do homem fomenta essas ocorrências ao ponto delas ameaçarem a existência de um bioma, que é o que ocorre agora com o pantanal, isso deixa de ser um fator de ocorrência e passar a ser uma situação de atenção.
Apesar da raça humana parecer dominante, ela é totalmente dependente das outras espécies e do equilíbrio dos biomas. A existência das abelhas por exemplo, é fundamental para a polinização das flores.
Confira, então, adiante, o que são os desastres climáticos, como nós os afetamos e o que podemos fazer para amenizar esse quadro.
O que são desastres climáticos?
Os desastres climáticos são um tipo de desastre natural. Outros fenômenos naturais podem ser da ordem geológica, biológica ou astronômica, por exemplo.
Logo, os desastres climáticos estão relacionados ao clima, como as chuvas e as secas. Um evento climático quando não afeta a população é chamado de fenômeno, porém, quando ele atinge a sociedade, ele é noticiado como desastre.
Uma ocorrência que afeta negativamente a população, por exemplo, são o El Niño e a La Nina.
O El Niño é quando a água do pacífico, ao invés de seguir a sua ordem natural e ir da América do Sul para a Oceania, faz o caminho inverso. Dessa forma, o continente sul americano fica mais quente e a costa é prejudicada pela morte de animais aquáticos, enfraquecendo a pesca.
O La Nina, por sua vez, é o contrário desse efeito. Ou seja, a água da América do Sul atinge temperaturas mais frias do que o normal. Isso, conquanto, esfria a região.
Tanto o El Niño, quanto o La Nina, são fenômenos que acontecem há anos, mas que a ciência ainda não foi capaz de explicar de maneira minuciosa. O que se sabe, entretanto, é que a ação humana aumenta a incidência dessas ocorrências.
Relação entre ação humana e desastre climático
Confira, a seguir, dados da Oxfam International, que mapeiam o crescimento dos desastres climáticos recentes. As informações indicam que esses números estão diretamente relacionados ao aumento da ações industriais e comerciais na terra.
- O número de desastres relacionados ao clima triplicou nos últimos 30 anos.
- Em segundo, entre 2006 e 2016, a média de elevação do nível do mar subiu 2.5 vezes mais rápido, comparado a quase todo o século XX.
- Adiante, mapeia-se que mais de 20 milhões de pessoas vão perder as suas moradias devido às mudanças climáticas.
- Por fim, o programa da ONU de meio ambiente estima que o preço para se adaptar e reparar as transformações causadas pelo clima custará de 140 a 300 bilhões de dólares por ano, até 2030.
Tipos de desastres climáticos
Enfim, as ações humanas como desmatamento, poluição de mares e rios, empobrecimento dos solos e poluição atmosférica atuam diretamente no meio ambiente. A natureza, por sua vez, por causa desse desequilíbrio, reage com eventos climáticos que impactam diretamente na saúde e na segurança dos seres humanos. Confira alguns exemplos de desastre climático que ilustram esse assunto.
Ondas de calor e seca
De acordo com o site Carbon Brief, de 125 estudos científicos que avaliam as ondas de calor ao redor do mundo, 93% concluíram que as mudanças climáticas intensificaram o aumento das temperaturas.
Já em relação as secas, 61% dos estudos publicados sobre o assunto avaliados pelo Carbon Brief estão diretamente relacionadas com mudanças climáticas associadas a atividade humana.
Um efeito da seca, por exemplo, é a escassez de água no estado de São Paulo, de 2014 a 2016. A crise hídrica tinha relação direta com a má gestão do Sistema Cantareira, assim como com a ocupação de mananciais. Outra fator era o desmatamento, que influenciou na diminuição das chuvas.
Incêndios
Em segundo lugar, os incêndios também são considerados desastres climáticos.
O aumento das temperaturas e a seca, por exemplo, vem afetando os estado da Califórnia e de Oregon. O ‘Golden State’ neste ano vive a pior temporada de incêndios registrados. De acordo com o website California Daily Wildfire Update, em 2020 mais de 3 milhões de acres queimaram no estado. Isso corresponde a dez vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro.
“A ponte Bidwell Bar, em Oroville (Califórnia), ano passado e hoje”
The Bidwell Bar Bridge in Oroville, California — last year and today.
(Photo by Noah Berger/AP) pic.twitter.com/6PcTUQj2s6
— John McMurtrie (@McMurtrieSF) September 9, 2020
“O céu está laranja na Califórnia. Meio milhão de acres estão queimando. É assim que a mudança climática se parece e a prova está na nossa frente. Isso é uma emergencia nacional. É agora ou nunca”
The sky is orange over California. Half a million acres are burning.
This is what climate change looks like. The proof is right in front of us.
This is a national emergency — it's now or never. pic.twitter.com/17CA4kSnui
— Andrew Cuomo (@NYGovCuomo) September 10, 2020
Já nas regiões sul do globo, podemos recordar dos incêndios na Austrália no início do ano, que têm como causas a instabilidade climática e as ondas de calor, intensificadas pela ação humana.
Agora, no Brasil, por sua vez, ocorrem os incêndios no pantanal. Até 6 de setembro, o fogo lambeu quase 16% da região, de acordo com uma análise da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Apesar de uma parte da população defender que isso é comum a área nessa época do ano, o que deve ser observado é a quantidade, e não o fenômeno em si. É isso que identifica se a ação humana prejudica o local ou não.
No caso do pantanal, além dele estar enfrentando o maior período de estiagem há 47 anos, a região em 2020 atingiu o recorde em focos de queimada, 16.201, superando em 29% o número atingido em 2005, de 12.536 focos.
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Chuvas
Por fim, outro desastre climático que afeta diretamente a sociedade são as chuvas e as inundações.
Na Índia, que faz parte da Ásia de Monções, ocorreram em 2020 fortes inundações, marcadas pelo fenômeno atmosférico no qual há chuvas torrenciais no verão, e longos períodos de estiagem e seca no inverno.
Além das perdas significativas para os humanos, o lixo nessas situações de enchente passeiam com facilidade pela água, poluindo rios e nascentes.
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O que fazer para acabar com o desastre climático?
Por fim, uma maneira de suavizar a ocorrência desses desastres climáticos é se os seres humanos repensarem suas atitudes e hábitos perante o planeta, antes que seja tarde demais.
E essa conta, apesar de parecer distante, está mais próxima do que imaginamos. De acordo com um relógio instalado em Nova York para marcar quando o aquecimento global se tornará irreversível, os seres humanos tem menos de oito anos para mudar de comportamento.
Segundo Gan Golan, um dos ativistas que organizou a ação, “há boas notícias. Esse número não é o zero”. Logo, cabe à sociedade se reorganizar para que possamos ter um futuro sustentável.
Dicas para poluir menos
- Primeiramente, tente comprar de produtores locais.
- Em segundo lugar, recicle seu lixo.
- Em terceiro, utilize transporte coletivo ou dê carona. Dessa forma, o CO2 consumido pelo carro beneficiará o maior número de indivíduos possível.
- Por fim, substitua os materiais descartáveis como copos, sacolas e absorventes de plástico, por bens mais duráveis, como as ecobags e os absorventes de pano ou os copinhos menstruais.