A Aneel, Agência Nacional de Energia Elétrica, divulgou 8 medidas aprovadas para mitigação do impacto nas contas de energia elétrica. Dessa forma, o processo de revisão tarifária que tinha sido congelado dada a expectativa de aumento médio da tarifa de 18,2% pode ser atenuado para 8,93%.
Entenda as medidas de mitigação
A agência reguladora anunciou 8 medidas que somam uma injeção de R$ 18,8 bilhões no setor para a atenuação do aumento de tarifas. De fato, a Aneel tinha uma projeção do aumento dos custos na ordem de R$ 29,6 bilhões. Nesse sentido, as medidas aprovadas foram cruciais para segurar o aumento das tarifas, muito superior da inflação no período.
Vamos entender esse pacote de medidas:
- Reversão dos empréstimos da Conta-Covid às distribuidoras de energia: R$ 1,78 bilhão
- Repasse dos recursos dos programas de Pesquisa e Desenvolvimento e de Eficiência Energética: R$ 2,23 bilhões
- Devolução dos valores cobrados a maior de PIS/Cofins: R$ 5,58 bilhões.
- Reperfilamento do RBSE às distribuidoras: R$ 3,66 bilhões,
- Incorporação das receitas para modicidade: R$ 300 milhões
- Antecipação dos valores arrecadados na ultrapassagem de demanda e excedente reativos: R$ 1,61 bilhão.
- Saldo da conta de Itaipu: R$ 1,53 bilhões
- Diferimento da Parcela B: R$ 2,14 bilhões.
Enfim, o montante de R$ 18,8 bilhões permitiu que os reajustes de 2021 ficassem dentro da meta da agência, estipulada para percentuais inferiores a dois dígitos.
Veja o impacto na sua conta de luz
Dessa forma, os reajustes de tarifas anunciados que já devem impactar sua conta de luz ficaram menores. Assim, as contas de luz que ameaçavam ter um aumento de 24,03% em média, ficaram em 8,93%.
Veja o impacto nas concessionárias que passaram pela revisão tarifária em abril:
- CPFL Paulista: aumento reduziu de 21,23% para 8,95% e impactam 4,6 milhões de clientes em 234 municípios de São Paulo.
- Energisa Mato Grosso do Sul: aumento reduziu de 21% para 8,9% para 1,0 milhão de clientes em 74 municípios
- Energisa Mato Grosso: aumento reduziu de 27,78% para 8,9% para 1,5 milhão de clientes em 141 municípios
- Coelba: aumento reduziu de 26,14% para 8,98% para 6,1 milhões de clientes
- Cosern: aumento reduziu de 24,39% para 8,96% para 1,4 milhão de clientes
- Enel Distribuição Ceará: aumento reduziu de 25,63% para 8,95% para 3,8 milhões clientes
- Energisa Sergipe: aumento reduziu de 18,88% para 8,9% para 805 mil clientes
Mais de 19,2 milhões de consumidores serão impactados nas suas próximas contas de luz com um aumento médio de 8,93%!
O que fazer para reduzir a conta de luz?
Especialistas apontam dois caminhos para reduzir os gastos com energia elétrica. Nesse sentido, as soluções passam por racionalizar o consumo de energia e por buscar alternativas de produção ou compra da energia elétrica.
Primeiramente, a racionalização do consumo exige entender como e onde a energia está sendo consumida. Nesse sentido, o consumidor precisa identificar quais equipamentos são os vilões de alto consumo. Em seguida, ele pode identificar formas de reduzir sua utilização. No caso das residências, alguns exemplos são: reduzir o tempo no chuveiro elétrico, tomar cuidado com o ambiente com o ar condicionado ligado, trocar lâmpadas pelo modelo mais eficiente LED, dentre outras.
Finalmente, na busca por alternativas de gerar sua própria energia, o consumidor pode agora fazê-lo com a energia solar. Mais de 577 mil brasileiros já produzem sua própria energia solar. A partir de 2012, os brasileiros descobriram a possibilidade de gerar sua própria energia elétrica no seu telhado. Depois de 2015, surgiu a possibilidade de compartilhar fazendas solares.
Além disso, a energia solar por assinatura permite que residências e pequenos comércios economizem na conta de luz, sem investir na compra de placas. Assim, milhares de pessoas de Minas Gerais estão se beneficiando das fazendas solares compartilhadas da empresa SUNWISE. Afinal nesse modelo inovador, a energia solar está mais fácil, acessível e simples para todos aproveitarem essa jornada de sustentabilidade com economias.