Robô movido a energia nuclear a caminho de Marte
O espaço é um verdadeiro laboratório. O teste agora é o uso de plutônio para alimentar o robô Rover Perseverance no planeta vermelho.
O espaço é um verdadeiro laboratório. Na década de 50, a corrida espacial entre as superpotências, EUA e URSS, impulsionaram a evolução das placas solares para gerar a eletricidade necessárias para os satélites. Hoje, dia 30 de julho, a NASA lançou ao espaço em direção à Marte um robô movido a energia nuclear.
Primeiramente, o robô Rover Perseverance utiliza um reator nuclear de plutônio para gerar sua própria energia com autonomia para 14 anos de operação. Dessa forma, toda eletricidade usada para alimentar os instrumentos do rover é obtida a partir do calor liberado pelo plutônio, que também é crítico para manter a temperatura operacional do robô durante as noites geladas no planeta vermelho.
Segundo, é impressionante como um robô rover é eficiente. A carga elétrica do Rover Perseverance exige uma potencia de apenas 110 watts para que ele execute suas funções de locomoção, imagens e comunicação. Esses mesmos 110 watts de potência que usamos em uma lâmpada em nossas casas.
A adoção de energia nuclear é sempre muito debatida, principalmente após incidentes graves acontecidos na Rússia e no Japão. A alegação oficial da NASA é que a exploração de locais distantes, empoeirados, escuros e agressivos, impedem o uso normal da energia solar. De todo modo, novas missões usando plutônio já estão previstas para 2026 na direção de Titã, uma das luas de Saturno.
Em suma, vale destacar que a NASA possui algumas missões com sondas a base de energia solar em operação nesse momento em Marte. O uso do espaço como laboratório pode trazer lições importantes e definir o rumo do uso de energia limpa no mundo.
Fonte: Space