Quase metade da eletricidade da Alemanha vem de energia solar e eólica
Fontes renováveis geraram 42% da eletricidade consumida na Alemanha durante o primeiro semestre de 2020. O bom exemplo mostra o caminho para os demais países, que ainda estão com um patamar médio de 10%.
Um estudo recente da Ember aponta que cerca de 10% da energia consumida no primeiro semestre de 2020 no mundo provém da energia solar ou éolica. Há cinco anos atrás essa participação não chegava a 5%. Apesar do crescimento, a velocidade de transição para fontes renováveis ainda está aquém das metas estabelecidas de combate às mudanças climáticas.
A corrida das fontes renováveis pelo mundo
Nos 48 países pesquisados, a energia solar e eólica mantém ritmo de crescimento, mesmo com a pandemia. O crescimento vem da substituição do carvão. Nesse sentido, as fontes renováveis aumentaram sua produção semestral de 992TWh para 1.129TWh em apenas 12 meses.
Primeiramente, a Alemanha merece destaque mundial. A energia solar e eólica atingiu a impressionante marca de 42% da eletricidade consumida entre janeiro e junho de 2020. Em seguida, o Reino Unido também apresentou forte crescimento no período e teve 33% de sua eletricidade oriunda de fontes renováveis.
Por outro lado, as duas principais potencias mundiais, EUA e China, tem espaço para crescimento. Energia solar e eólica respondem por 12% e 10% respectivamente.
O desafio das metas de combate às mudanças climáticas
Em suma, a transição da matriz elétrica global está muito atrasada para a meta dos 1.5 graus celsius. É necessário uma queda do carvão de 13% em todos os anos dessa década. Mesmo durante a pandemia, a geração de carvão reduziu apenas 8% durante o primeiro semestre de 2020. A transição da matriz elétrica exige uma redução da participação de carvão de 33% atuais para 6% em 2030.