Poços artesianos com energia solar transformam a realidade em Pernambuco

Poços artesiano que bombeiam água utilizando energia solar estão ajudando centenas de produtores rurais no Sertão de Pernambuco

A seca no nordeste brasileiro já está imortalizada nas obras de Graciliano Ramos, Euclides da Cunha e José do Patrocínio. O caminho do nordestino continua com curvas de dor e de luta na busca pela água. No entanto, um alento surge com a chegada tardia de tecnologia a serviço do produtor rural. Agora o sol que castiga, também bombeia a água. Conheça um pouco mais desse projeto com tecnologias simples – Poços artesianos com energia solar – que mudam a vida de centenas de pessoas.

Poços artesianos movidos a energia solar

Primeiramente, os poços artesianos são acoplados a painéis fotovoltaicos que permitem o bombeamento da água nas regiões remotas do Sertão de Pernambuco. Dessa forma, o sol torna o grande aliado na busca da água. Mesmo em áreas distantes, onde o acesso é restrito à energia elétrica, a solução de bombeamento solar resolve um dilema secular.

As placas fotovoltaicas transformam a luz do sol em energia elétrica. A nova tecnologia substitui o método arcaico vigente do cata-vento, que deixa o produtor na mão nos dias sem vento.

A potência gerada pode bombear, em média, 1.700 litros de água por hora, 3x mais do que um poço a cata-vento.

Com o equipamento, não há gastos com conta de luz.

Além disso, a instalação fotovoltáica tem custos de operação e manutenção baixos, dado que o sol ainda é de graça. Uma vez instalados os equipamentos, a operação é autônoma, a manutenção é simples e o equipamento possui vida útil de mais de 25 anos.

E mais, a paisagem do Sertão começa a mudar

De fato, a partir de setembro, o governo de Pernambuco decretou situação de emergência em 55 municípios por causa da estiagem. Se falta água na superfície, a solução seria buscá-la embaixo da terra.

Se as plantações de milho sofriam com a falta das chuvas e o gado buscava em vão um bom pasto. Enfim, agora, as cores nas plantações refletem a diversidade de  legumes, verduras, forragem, frutas, cana de açúcar e até tanque para criação de peixes.

Em suma, a iniciativa da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba é um exemplo para todos. E a meta  que pretende instalar 1.040 poços como este até junho de 2021.

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