Mercado livre de energia tem campanhas no Youtube
Mercado livre de energia atrai investidores. Consumidores são disputados com campanhas agressivas estilo “Black Friday”
A modernização do setor elétrico deve trazer mais liberdade de escolha para os consumidores. Nesse sentido, o acesso a alternativas de gerar sua própria energia elétrica, tais como: energia solar por assinatura, ou de negociar diretamente o preço da energia com diferentes fornecedores pode estar cada dia mais próximo. Veja as apostas para o novo mercado livre de energia.
Apostas no crescimento do mercado livre de energia
O mercado livre de energia elétrica possibilita que grandes consumidores (empresas e indústrias) podem escolher e negociar preços diretamente com os fornecedores. Atualmente 397 empresas fazem parte do mercado livre de energia.
No entanto, o mercado aposta na reforma regulatória. Acredita-se que a reforma permitirá que até pequenos consumidores residenciais possam negociar livremente sua própria energia no médio prazo.
De olho nessa nova oportunidade de negócios, grandes distribuidoras de energia elétrica, bancos de investimentos e comercializadoras independentes preparam-se para a expansão.
Estratégias de marketing agressivas
Os esforços para atrair esse público envolvem desde o uso de aplicativos para celular e agentes autônomos até divulgações no site de vídeos YouTube. Nesse sentido, até mesmo estratégias antes pouco usuais no setor, como descontos na popular “Black Friday” já foram implementadas.
Enfim, as comercializadoras buscam atrair empresas de pequeno e médio porte para o mercado livre de energia. De fato, estimam que entre 10 e 20 mil clientes estejam aptos a migrar para o mercado livre. Além disso, as empresas de energia apostam que o mercado de varejo definirá o crescimento do setor nos próximos anos.
Vantagens e desvantagens
De fato, o acesso a opções de escolha de fornecedores, de preços, de prazos e de quantidades de energia é favorável aos consumidores. A possibilidade de obter descontos em relação ao custo de contratação de energia junto a uma distribuidora é real. Pode variar de 10% a 30% dependendo do modelo de contrato. Nesse sentido, o cliente ainda pode escolher prazo de fornecimento e até a fonte de geração, a depender dos pacotes negociados no mercado livre de energia.
No entanto, há o risco de energia descontratada no caso de um consumo superior ao volume contratado. Nesse caso, o cliente estará sujeito aos preços do mercado spot de energia. Nesse sentido, os preços oscilam conforme o nível dos reservatórios e podem gerar prejuízos aos consumidores.