As contas de luz devem ficar ainda mais caras a partir de julho. A famigerada bandeira vermelha 2 será reajustada para cobrir os custos de geração termelétrica. Rumores indicam que o reajuste pode extrapolar os 60%. Seja qual for o reajuste, o aumento da conta de luz recairá no bolso do consumidor.
Qual será o aumento da conta de luz?
Desde dezembro de 2020, os consumidores pagam taxas extras todos os meses devido às bandeiras tarifárias. Atualmente, o custo extra da bandeira vermelha patamar 2 é de R$ 6,24 pelo consumo de 100 kw/hora. Enquanto a bandeira vermelha 1 tem um acréscimo de R$ 4,16 (maio de 2021), a bandeira amarela cobra R$ 1,34 a mais (janeiro a abril de 2021).
O mercado cogita uma alta de até 60%, o que levaria a cobrança extra para R$ 10 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
Dessa forma, as contas de junho já foram de 3% a 5% mais caras do que no mês de maio. No entanto, com o aumento esperado da bandeira vermelha 2, as contas de julho devem ser 5% a 15% mais caras que as contas de junho.
Qual será o impacto na inflação?
Aumento da energia elétrica deve aumentar os preços de forma generalizada.
A energia de uso doméstico compromete, em média, 4% do orçamento familiar. Para cada 1% de aumento que a família paga, isso tem um impacto de 0,04 ponto porcentual na inflação. Portanto, esse aumento da bandeira vermelha por ter um impacto direto de 0,20p.p a 0,60p.p.
Mas existem também efeitos indiretos, que é como a energia vai impactar nos preços daqueles que prestam serviços ou na produção industrial. Os dois principais são: a indústria da construção, que fabrica os materiais usados pela construção civil; e também o segmento automobilístico. São dois setores que empregam muito e que sofrerão com esse aumento.
Qual a duração da maior crise hídrica dos últimos 90 anos?
O volume dos reservatórios já está muito baixo e só estamos entrando no inverno agora. Nesse sentido, o inverno é uma estação de pouca chuva e existe uma previsão de que o volume de chuvas seja historicamente baixo em 2021. Então, esse é um desafio duplo que não vai permitir a recuperação dos reservatórios no período normal, o que só vai agravar a crise hídrica.
Isso tende a perpetuar, pelo menos dentro de 2021, o uso dessas bandeiras no patamar máximo. Se tivermos muita sorte, a partir de outubro, com a chegada da primavera e o início do período de chuvas, poderíamos talvez recuperar um pouco.
Ano passado, o desafio das famílias foram os alimentos. Esse ano, os preços de energia e dos combustíveis vão influenciar mais. Com certeza vai ser um desafio maior para as famílias em 2021 e tende a se estender também para 2022.
O que esperar para 2022?
A dívida acumulada do setor elétrica, incluindo a “conta covid” deve ser colocada na mesa no ano que vem. Assim, já se prevê para 2022 um aumento de 5% a 10% nas contas de luz. São dívidas acumuladas pelo segmento, que vão acabar caindo na conta do consumidor.
A energia elétrica será um grande obstáculo para o cumprimento da meta de inflação para 2022. Afinal, a meta do ano que vem é menor, cerca de 3,5%, e a expectativa de inflação já começa a romper esse patamar. Já está mais na direção de 4% do que de 3,5%. O aumento dos juros básicos de 2% para 4,25% já refletem a preocupação do Banco Central.
O que fazer hoje para se proteger das contas de luz mais caras?
A energia solar vem se destacando e não para de crescer. Uma das razões é a possibilidade de você gerar sua própria energia elétrica e assim evitar os aumentos das contas de luz. Nesse sentido, uma das barreiras sempre foi o alto investimento necessário para a compra e a instalação de placas solares. Afinal uma residência típica exige um investimento de R$ 20 a 25mil.
A energia solar por assinatura surge como uma opção para casas e empresas que desejam economizar na sua conta de energia, mas não dispõem desse montante para investir em placas. A SUNWISE, uma empresa especializada na energia solar por assinatura, disponibiliza fazenda solares que são compartilhadas com consumidores residenciais, comerciais e industriais no estado de MG.
Em suma, trata-se de uma ótima opção para se proteger dos aumentos dos reajustes das contas de luz, sem investir, sem se preocupar com obras, sem prazo de fidelidade ou multas contratuais e sem dor de cabeça. Fica a dica!