Conta de luz mais cara em maio; qual o valor do reajuste?

Aneel anunciou adoção da bandeira vermelha 1 na tarifa deste mês

A conta de luz ficará mais cara neste mês. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou ontem (30) que a tarifa terá bandeira vermelha 1, com aumento de R$ 4,169 a cada 100 kWh consumidos.

Segundo a agência, a medida está relacionada à época do ano, porque no mês de maio começa a estação mais seca. Os reservatórios de algumas usinas hidrelétricas já estão em queda, mesmo após a estação com maior concentração de chuvas.

Em abril, os consumidores tiveram a conta fechada com bandeira amarela – que representou aumento de R$ 1,34 a mais a cada 100 kWh.

Por que a conta de luz vai ficar mais cara?

Alguns fatores contribuíram para a adoção da bandeira vermelha e a consequente conta de luz mais cara. O sistema de bandeiras foi criado em 2015 para que a população pudesse se atentar ao nível dos reservatórios – quanto menos água, mais difícil a produção de energia.

São três bandeiras: verde, quando não há cobrança adicional; amarela, com aumento de R$ 1,34 por 100 kWh; e vermelha, a que deixa a conta de luz mais cara e tem dois patamares – de R$ 4,16 ou R$ 6,24, sempre a cada 100 kWh consumidos.

Em 2021, o nível dos reservatórios está mais baixo do que deveria para a época. Isso aconteceu porque a quantidade de chuva também foi menor do que o esperado, sobretudo no verão, nas principais bacias brasileiras – as dos rios Grande, Parnaíba, Alto Tocantins e Paraná.

“Essa conjuntura sinaliza patamar desfavorável de produção pelas hidrelétricas e elevada necessidade de acionamento do parque termelétrico, pressionando os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto de prazo (PLD). A conciliação desses indicadores levou ao acionamento do patamar 1 da Bandeira Vermelha”, disse a Aneel em comunicado.

No ano passado, também foi proibida a instalação de tarifas que deixassem a conta de luz mais cara. A medida fez parte dos esforços para aliviar os gastos da população durante a pandemia. No fim de novembro, no entanto, o decreto foi revogado pelo piora no nível dos reservatórios. Por isso, entre janeiro e março deste ano os consumidores tiveram a adoção de tarifas, quando o habitual era a bandeira verde – sem custo adicional.

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