Enquanto investidores de todo mundo comemoram a disparada dos preços do Bitcoin, um outro público alerta para o alto consumo de energia elétrica no processo de mineração da criptomoeda.
Qual é o atual consumo de energia elétrica dos Bitcoins?
Um levantamento recente da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, apontou a mineração da criptomoeda consome cerca de 130,9 terawatt-horas (TWh) por ano (um terawatt equivale a 1 bilhão de kilowatts).
Se fosse um país, o Bitcoin estaria em 28º lugar no consumo global de energia, a frente de países como:
- Argentina (125,03 TWh) .
- Holanda (110,68 TWh),
- Emirados Árabes (119,46 TWh) e
- Noruega (124,13 TWh).
Além disso, já próximo de superar a Suécia, que consome 137,79 TWh.
Afinal, o consumo de energia elétrica do Bitcoin tende apenas a aumentar, já que a expectativa é de preços mais altos e mais moedas em circulação.
Por que o Bitcoin consume tanta energia elétrica?
Para se criarem novas unidades da moeda digital, pessoas ao redor do mundo utilizam computadores ligados 24 horas por dia para resolverem enigmas matemáticos. A resolução dessas enigmas é conhecido como mineração. Assim, na medida que esses enigmas são resolvidos, as operações feitas na rede do Bitcoin são aprovadas e novas moedas são criadas.
Porém, conforme a rede aumenta e o Bitcoin aumenta seu valor, mais complexos vão ficando esses enigmas, exigindo máquinas com um maior poder de processamento. E, por consequência, consome mais energia elétrica.
Qual é o questionamento sobre o impacto ambiental dos Bitcoins?
Com o avanço das preocupações ambientais e de forte apelo do mercado para os temas ESG, o debate chegou até a criptomoeda. Afinal, faz sentido termos um mecanismo de transações globais que pode ser prejudicial ao meio ambiente?
Recentemente, durante um evento realizado pelo jornal The New York Times, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, criticou o consumo de energia do Bitcoin. Ela afirmou que a moeda digital é extremamente ineficaz na realização de transações e o consumo de energia consumida no processamento das transações proibitivo.
Além disso, Bill Gates, um dos homens mais ricos do mundo, também fez críticas recentes ao Bitcoin. Ele criticou o grande consumo de energia para a producão de um Bitcoin e também discordou com a forma anônima das transações de bitcoins.
Enfim, a resposta pode estar em projetos recentes que aproximam grandes centrais de processamento de dados dedicados a mineração de Bitcoins com fazendas solares gigantes para produzir energia limpa para os supercomputadores.