Enem 2020: um guia com as principais informações

A mudança ocorre após diversas críticas à demora dos órgãos na definição de um período de realização que não ocorresse durante a pandemia do coronavírus.

No começo de julho, o Ministério da Educação (MEC) e o Inep divulgaram as novas datas para realização do ENEM 2020. A mudança ocorre após diversas críticas à demora dos órgãos na definição de um novo período para que as provas não ocorressem durante a pandemia do coronavírus.

Datas oficiais  do Enem 2020

Como nesta nova edição o vestibular conta com a inédita modalidade digital, o MEC divulgou seis datas diferentes para a realização do exame:

    Exame impresso – 17 e 24 de janeiro  Exame digital – 31 de janeiro e 7 de fevereiro  Reaplicação das provas – 24 e 25 de fevereiro

Todas as versões do vestibular contarão com 4 provas objetivas – cada uma possuirá 45 questões objetivas. Além disso, os candidatos deverão realizar a redação com tamanho máximo de 30 linhas. Como nas edições anteriores, o candidato deve levar seu RG, caneta e o Cartão de Confirmação da Inscrição.

Como vai ser o Enem 2020?

Imagem mostra alunos durante prova do enem

Uma das grandes inovações para o ENEM 2020 foi a incorporação de uma prova totalmente digital. Essa aplicação em computador foi liberada para 100 mil participantes que escolhessem a opção. Com este novo modelo de exame, o Ministério da Educação espera que a prova impressa deixe de ser fabricada até 2026. Na edição de 2019, marcada pela falência da gráfica que realizava a impressão do ENEM, o Governo desembolsou R$ 129,4 milhões para o preparo do formato físico do exame.

Além dessa novidade, o Inep disponibilizou um simulado oficial aos candidatos da edição 2020. Sobre a ferramenta de estudo, o órgão afirma: “a proposta é que o usuário tenha em mãos uma ferramenta simples, com informações de qualidade, certificada pelos profissionais da área pedagógica do Inep”.

Caso o participante seja diagnosticado com uma doença infectocontagiosa (como o COVID-19), ele pode informar o Inep sobre sua condição até o dia da prova. Dessa forma, o participante pode garantir – mediante comprovação ao órgão – a sua participação nas datas de reaplicação do vestibular. Outras novidades sobre inclusão para lactantes, autistas, cegos ou surdocegos podem ser conferidas no portal oficial do ENEM.

Polêmicas que marcaram o Enem

Imagem mostra Ex-ministro da Educação, Abraham Weintrau
Ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub deixou seu cargo após enxurrada de críticas. Fonte: vídeo publicado por Weintraub

Antes da divulgação das novas datas, o Ministério da Educação passou por um período desgastante – a demora da tomada de uma atitude à respeito da mudança de datas irritou muitos candidatos. A principio, o MEC estava resistente à uma alteração no cronograma e o primeiro sinal de ação ocorreu apenas após uma votação no Senado que teve resultado favorável ao adiamento do ENEM.

Logo em seguida a votação, Abraham Weintraub (ex-Ministro da Educação) anunciou em seu Twitter uma consulta a todos os inscritos sobre uma possível nova data. Contudo, o próprio processo de consulta foi alvo de críticas, pois as novas datas não foram as indicada pelo voto da maioria dos participantes do ENEM. Segundo o voto, os candidatos preferiam a realização da prova nos dias 2 e 9 de maio.

Durante coletiva sobre a remarcação, o presidente do Inep, Alexandre Lopes afirmou: “Como nós colocamos desde o início, fizemos uma enquete [com estudantes] e ela não seria o único parâmetro para a definição das datas”. Acima de tudo, foi considerado pelos órgãos que janeiro é o período que menos atrasaria o cronograma para a educação em 2021.

Nesse ínterim, o Ministério também enfrentou instabilidade por conta de polêmicas envolvendo Weintraub – a principal delas sendo sua ‘sugestão’ de prender os “vagabundos” do STF.

O que é e como funciona o Enem?

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é o método criado em 1998 com intuito de avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. Podem participar do exame alunos que estão concluindo ou que já concluíram o ensino médio em anos anteriores.

Então, em 2004 a prova passou a ser utilizada como ferramenta para ingresso em instituições do ensino superior. Atualmente, o exame também é utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni).

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