Vitamina D: entenda os benefícios e como consumir

A vitamina D é um hormônio produzido na pele durante a exposição à luz solar e ajuda a regular a quantidade de cálcio e fosfato no corpo, necessários para manter ossos, dentes e músculos saudáveis

A vitamina D é um hormônio produzido na pele durante a exposição à luz solar e ajuda a regular a quantidade de cálcio e fosfato no corpo, necessários para manter ossos, dentes e músculos saudáveis. Portanto, é essencial para o bom funcionamento do organismo e possui benefícios para diversas doenças. Contudo existem muitas dúvidas acerca do tema.

Pensando nisso, o jornal DCI buscou profissionais de saúde para responderem as dúvidas mais frequentes sobre vitamina D.

Qual a função da vitamina D?

Seus principais benefícios são regular a absorção de cálcio e fósforo pelo organismo, manter o cérebro funcionando, fortificar ossos, dentes e músculos. Para as mulheres, ela é fundamental na prevenção da osteoporose. Já a sua ausência está relacionada a várias doenças, como infecções virais e bacterianas, doenças inflamatórias intestinais, doenças autoimunes, cardiovasculares e neurodegenerativas.

A vitamina D permite que o cálcio dos alimentos seja absorvido no intestino, além do fósforo, o que ajuda na saúde dos ossos. Quando o nutriente age no seu corpo, ele se transforma em um hormônio bom chamado calcitriol. A substância também controla a pressão arterial, equilibra o sistema imunológico, inibe os processos inflamatórios, diminui o risco de diabetes, doenças metabólicas e a formação de tumores.

Vitamina D previne contra o coronavírus?

Um estudo publicado em maio no jornal científico “BMJ Nutrition, Prevention & Health” indica que tomar altas doses de suplementos de vitamina D não ajuda na prevenção ou tratamento da covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus. Portanto, a melhor forma de prevenção contra o coronavírus continua sendo o distanciamento social.

Onde encontrar vitamina D?

Vitamina d 2
A alimentação é uma fonte de vitamina d (foto: reprodução/ unsplash)

Diferentemente da maioria das outras vitaminas, a vitamina D é produzida pelo nosso próprio organismo. Trata-se de um hormônio que é produzido a partir do colesterol quando nossa pele é exposta ao sol. Mas, existem alguns alimentos que também são fontes da vitamina, entretanto, não são suficientes. Por isso, há outro método para obter a quantidade necessária da vitamina D, que é a suplementação.

Alimentos

A alimentação também é uma aliada para ajudar a manter os níveis da vitamina D equilibrados. As principais fontes são o óleo de fígado de bacalhau, o bife de fígado, gemas de ovos, sardinhas, atum, ostras e cogumelos. Cereais enriquecidos, leite e seus derivados também são essenciais. Mas, indiscutivelmente, o principal elemento para sintetizarmos a vitamina D é o sol.

Descubra mais alimentos com vitamina D: 

Vitamina D e o Sol

O sol é a chave para produzirmos nossa vitamina D. Na pele possuímos um  zoosterol,  que funciona no soro como precursor do colesterol e é fotoquimicamente, convertido em pré-vitamina D3 quando atingido pela luz solar, os raios UV-B. Para que isso ocorra, a exposição a luz deve ser direta por pelo menos 20 minutos ao dia.

O processo de absorção da energia ultravioleta para a síntese da vitamina D ocorre da mesma forma em todas as partes do corpo e a quantidade do nutriente que será produzida é proporcional a quantidade de pele exposta ao sol.

Como tomar sol?

Vitamina d 3
O sol, no entanto, é a maior fonte da vitamina d (foto: reprodução/ unsplash)

O ideal seria tomar sol em trajes de banho, mas como nem sempre isso é possível, ir caminhando para o trabalho com os braços expostos ao sol ou se expor aos raios solares durante alguns minutos no horário do almoço, são opções que podem ajudar.  E atenção! O protetor solar bloqueia a penetração dos raios UV-B. Então, tome o sol, mas sempre se proteja.

É importante lembrar que o sol em excesso também faz mal à saúde. Indica-se a exposição ao sol antes das 10h ou depois das 16h, quando os efeitos dos raios ultravioletas são menores. Tente equilibrar, porque não adianta passar meses sem tomar sol o suficiente e depois querer compensar tudo naquele dia de bronze. Quanto mais bronzeada a pele estiver, maior a dificuldade de produção da vitamina D.

Suplementação da Vitamina D

Em alguns casos, a exposição ao sol não é possível ou indicada, como por exemplo em pacientes com câncer de pele, lúpus ou transplantes. Então se a insuficiência de vitamina D for comprovada, os suplementos são indicados. No entanto, as dosagens dependem do corpo de cada pessoa, então nunca se automedique.

​Porém, seu uso deve ser feito apenas com recomendação médica, pois em excesso, a vitamina D aumenta a concentração de cálcio no sangue, o que favorece a formação de cálculos renais. Os sintomas mais comuns de intoxicação  da substância são as náuseas, a sede, a fraqueza, o nervosismo, o aumento da pressão arterial e a vontade de urinar.

Vitamina d 1
A suplementação às vezes é necessária (foto: reprodução/ unsplash)

Para o nutrólogo Vicenzo Vargas, os principais riscos que temos com o excesso de vitamina D, ou seja, o consumo acima de 150 ng/ml, é a elevação do nível de cálcio no sangue, levando a calcificações no organismo. Chamada de intoxicação aguda,  é uma situação rara, e tem  como sintomas náusea, vômitos, fraqueza e alteração do nível de consciência.

Lembre-se de avisar o profissional consultado se você usar continuamente algum tipo de remédio. Os nutrientes de um podem reduzir ou potencializar os efeitos do outro, o que pode apresentar riscos à saúde. A dica também vale para suplementos vitamínicos – fale com seu médico, as vezes você já toma a dose adequada de vitamina D e nem sabe!

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, há insuficiência quando a concentração é menor do que 30 ng/ml (nanogramas por mililitro de sangue). Valores abaixo de 10 ng/ml são classificados como insuficiência grave. Dosagens iguais ou superiores a 30 ng/ml estão na faixa da normalidade, cujo limite máximo é 100 ng/ml.

No entanto, a falta da vitamina D é comprovada por meio de exames de sangue específicos e com tratamento adequado, a deficiência pode ser revertida. Quando houver a suspeita de perda vitamínica,  consulte um médico. Assim, será possível avaliar o melhor tratamento.

Saiba mais sobre suplementação:

 

Pessoas mais velhas produzem menos vitamina D?

Devido às questões metabólicas relacionadas à idade, certamente, os idosos produzem uma quantidade menor de vitamina D. É como se eles produzissem um quarto das substâncias produzidas por um jovem de 20 anos. Então, a partir dos 60 anos, é necessário conversar com um médico sobre a suplementação.

Vitamina d
Idosos têm menos vitamina d (foto: reprodução/ unsplash)

 

Como prevenir a falta de vitamina D?

Vitamina d
Consulte sempre um médico (foto: reprodução/ unsplash)

A melhor forma de prevenir a falta dessa vitamina  é manter uma dieta rica em frutos do mar, ovos, fígado e exposição solar diária, com a maior parte do corpo exposta possível. Mesmo assim, devido à dificuldade diária, na grande maioria dos casos a suplementação é fundamental.

Dessa forma, busque saber mais sobre a vitamina, participar de atividades ao ar livre e manter em dias as visitas ao nutrólogo – quem pode avaliar a necessidade  ou não de reposição da vitamina D. Essa suplementação pode ser feita via oral, sublingual e injetável.

 

Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceito Mais detalhes