Vacina chinesa contra covid-19 começa a ser testada no Brasil
Testes começam em profissionais de saúde no Hospital das Clínicas de São Paulo.
A vacina chinesa contra o novo coronavírus, chamada de CoronaVac, deve começar a ser testada em voluntários brasileiros a partir de terça-feira (21). Inicialmente, ela será aplicada em 890 voluntários da área da saúde do Hospital das Clínicas, na Capital paulista.Com informações da Agência Brasil.
Como será aplicada a vacina chinesa?
A vacina será aplicada em duas doses, com um espaço de 14 dias entre a primeira e a segunda. Os pesquisadores do Hospital das Clínicas vão analisar os voluntários em consultas que são agendadas a cada duas semanas. A estimativa é concluir todo o estudo da fase 3 de testes em até 90 dias.
Ao todo, os testes com a CoronaVac serão realizados em nove mil voluntários em centros de pesquisas de seis estados brasileiros: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. A pesquisa clínica será coordenada pelo Instituto Butantan e o custo da testagem é de R$ 85 milhões, custeados pelo governo.
As 20 mil doses produzidas pelo laboratório chinês Sinovac Biotech chegaram no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, na madrugada do dia 20 de julho.
Os testes da vacina chinesa serão acompanhados por uma comissão de pesquisadores internacionais, que terão acesso à plataforma científica para observar o andamento e garantir transparência em todo o processo.
Dessa maneira, caso seja comprovado o sucesso da vacina, ela começará a ser produzida pelo Instituto Butantan a partir do início do ano que vem, com mais de 120 milhões de doses. É provável que a quantidade seja suficiente para vacinar cerca de 60 milhões de brasileiros.
De acordo com o governo paulista, mais de 1 milhão de pessoas se inscreveram para participar dos testes.
CoronaVac
A CoronaVac é uma das vacinas contra o novo coronavírus em fase mais adiantada de testes. Ela já está na terceira etapa, chamada de “etapa clínica”, onde é feita a testagem em humanos. O laboratório chinês já realizou testes do produto em cerca de mil voluntários na China nas fases 1 e 2. Anteriormente, o modelo experimental aplicado em macacos apresentou resultados expressivos em termos de resposta imune contra as proteínas do vírus.