Uma segunda onda de Covid-19 no Brasil é possível?

O termo “segunda onda” se dá quando novos surtos ocorrem após um declínio inicial na taxa de contaminados pelo vírus.

O Brasil está ou não entrando na segunda onda de Covid-19? Enquanto o assunto não é solucionado, em saber, de fato, se é uma segunda onda ou apenas repiques de uma primeira onda que nunca acabou, o número de pacientes internados vem crescendo constantemente. O número de mortes no começo de dezembro de 2020 ultrapassa os 175 mil em todo o país.

O que é a segunda onda de Covid-19

O termo “segunda onda” se dá quando novos surtos ocorrem após um declínio inicial na taxa de contaminados pelo vírus. Virologistas de todo o mundo, já alertavam, no começo da pandemia, esse possível acontecimento, de uma segunda onda existente e segundo estudos, a recomendação eficaz para todos é seguir os cuidados sugeridos pelos órgãos de saúde pública.

Veja se São Paulo deverá entrar em lockdown

Passado um tempo em que o número de mortes por Covid-19 estava inferior a 300 por dia, o brasileiro conseguiu, em partes, respirar mais aliviado a tensão pandêmica.

Só que, com essa flexibilização em quase todas as regiões do país e com os feriados dos últimos meses, o número de contaminados voltou a subir, preocupando autoridades e a todos.

Dos 26 estados brasileiros, 11 estão hoje (03), com alto índice de contágio da doença:

  1. Paraná
  2. Rio Grande do Sul
  3. Santa Catarina
  4. Espírito Santo
  5. Mato Grosso do Sul
  6. Acre
  7. Amazonas
  8. Rondônia
  9. Ceará
  10. Pernambuco
  11. Sergipe

Dez estados incluindo o Distrito Federal estão em estabilidade com a doença: São Paulo, Mato Grosso, Amapá, Pará, Roraima, Bahia, Maranhão, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte. E apenas cinco estados estão, por enquanto, com baixo índice de contaminação: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Tocantins e Alagoas

O Brasil já está na segunda onda de Covid-19?

Segundo a Fiocruz, algumas regiões ainda estão vivenciando a primeira onda do coronavírus, por isso ainda é arriscado dizer em segunda onda de Covid-19.  É importante lembrar que, até o momento, o Brasil não conseguiu estabilizar o número de infectados, o que sugere que ainda estamos passando pela primeira fase da pandemia.

O infectologista Carlos Fortaleza, do Departamento de Doenças Tropicais da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Botucatu (SP), explicou ao R7, que a segunda onda de Covid-19 no Brasil é real e que muita gente se baseia em epidemias passadas. “É uma possibilidade, como em qualquer doença epidêmica transmissível, desde que a população não esteja imunizada contra ela, como é o caso de Covid-19”, afirma.

Ele ressalta ainda que o Brasil sequer superou a primeira onda. “Nesse contexto, é necessário discutir se a flexibilização da quarentena adotada por alguns Estados e municípios vai acelerar o número de casos”, disse.

Após a primeira onda de infecções, uma segunda onda de Covid-19 no Brasil será inevitável, diante da flexibilização das medidas de isolamento. Estudos comprovam que a desigualdade social misturado ao descaso de algumas autoridades fez perdurar a pandemia do coronavírus no país.

Como tudo começou

A pandemia do novo coronavírus no Brasil chegou em março de 2020. Desde então o país vive uma oscilação de prevenção ao vírus e medidas que impeçam o contágio em massa de Covid-19. A doença já matou até o momento, 174,6 mil brasileiros.

Em julho, mês auge da doença no Brasil, o número de óbitos chegou a 1.270 por dia, totalizando mais de 70 mil mortes pela doença no país. Esse era o famoso pico da primeira onda de Covid-19 no Brasil.

Linha do tempo – pandemias

Historicamente, se avaliarmos as principais pandemias dos últimos séculos, notamos que a maioria teve uma segunda onda.

  • Gripe Russa – 1889 a 1890
  • Gripe Espanhola – 1918 a 1919
  • Gripe Asiática -1957 a 1958
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