Spirulina: entenda o que é, quais seus benefícios e contraindicações
O suplemento, rico em vitaminas e minerais, é capaz de aumentar a saciedade, auxiliar no tratamento da osteoporose e prevenir o envelhecimento precoce.
Um superalimento. É assim que podemos chamar a spirulina, uma cianobactéria (organismo parecido com a alga e que realiza fotossíntese) que cresce em água doce e salgada e é rica nos mais diversos nutrientes.
De acordo com o portal Health Line, a spirulina contém quantidades significativas de vitaminas, fibras e ferro, além de potássio, cálcio e ácidos graxos como ômegas 3 e 6. Mas a grande estrela desse suplemento é, sem dúvida, a proteína – fundamental para a saúde de músculos, ossos e dentes e responsável por diferentes funções no corpo.
“A spirulina é, frequentemente, usada como fonte vegana de proteína, pois apresenta mais de 50% desse nutriente, chegando até 70%”, afirma Clarissa Hiwatashi Fujiwara, nutricionista, mestre em ciências pela USP e membro do Nutrition Science (NutS). A proteína fornecida pela spirulina é ainda de alta qualidade. Chega, inclusive, a ser comparada à dos ovos.
Benefícios da spirulina
Com mais de 50 nutrientes fundamentais ao organismo, a spirulina ganhou o título de alimento do milênio, atribuído pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A partir disso, é possível imaginar quantos benefícios ela é capaz de proporcionar ao ser humano.
O alimento auxilia, por exemplo, no tratamento da osteoporose e previne o desenvolvimento de câncer. Pesquisas com animais também avaliam possíveis benefícios em quadros de artrite devido às suas propriedades anti-inflamatórias.
Clarissa diz que a spirulina possui diversos componentes bioativos, principalmente a ficocianobilina, que tem efeitos antioxidantes. Em outras palavras, ela combate os radicais livres, vilões que promovem o envelhecimento celular e facilitam o surgimento de doenças neurológicas como Parkinson e Alzheimer. Rica em betacaroteno, ela colabora com a produção de colágeno, por isso, deixa a pele saudável e lisinha.
“Ainda são necessários mais estudos – com maior número de indivíduos e a longo prazo -, no entanto, já existem evidências de que a spirulina pode melhorar o metabolismo de lipídeos e glicose, reduzindo a gordura do fígado”, acrescenta a nutricionista. Outro ponto importante é o fato de que consegue diminuir os níveis de colesterol ruim (LDL) e triglicérides, protegendo contra doenças cardiovasculares.
O suplemento é amplamente utilizado no processo de emagrecimento, visto que garante uma sensação de saciedade prolongada. Entretanto, esse tema gera algumas controvérsias médicas. “Faltam evidências para a sua recomendação. Por isso, preciso ressaltar que hábitos de vida saudáveis, que aliam uma dieta equilibrada à prática regular de atividade física e bom sono, são imprescindíveis para a qualidade de vida.”
Cuidados e contraindicações
A spirulina costuma entrar na alimentação como um suplemento – ou em pó, ou em cápsulas. Segundo a nutricionista, não existe uma dosagem específica estabelecida para o consumo, que pode variar de 3 a 5 gramas por dia.
Em geral, as pesquisas mostram que o alimento não causa danos à saúde. Apesar disso, pode haver contaminação por toxinas e metais pesados como mercúrio, cádmio, chumbo e arsênico. Pode ainda agravar condições autoimunes, visto que aumenta o sistema imunológico, e retardar a coagulação sanguínea.
Mulheres grávidas e que estejam amamentando devem evitar o consumo da spirulina, bem como crianças, quem sofre com hipertireoidismo e alérgicos a frutos do mar.
“Nunca é demais lembrar que é sempre importante consultar um médico ou nutricionista antes de tomar qualquer suplemento”, conclui Clarissa.