Rússia pretende lançar segunda vacina contra covid-19 até 15 de outubro
A EpiVacCorona, do Instituto Vector, na Sibéria, começa a fase de testes em voluntários com mais de 60 anos e pessoas com doenças crônicas.
Rússia quer lançar segunda vacina contra covid-19 até 15 de outubro, depois da Sputnik-V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, em Moscou, registrada em agosto.
A EpiVacCorona, do Instituto Vector, na Sibéria, concluiu o estágio de testes em humanos na última semana (18 de setembro) e agora caminha para os teses voluntários em pessoas com mais de 60 anos e portadores de doenças crônicas.
Essa notícia foi divulgada ontem (22 de setembro) pela agência de notícias russa Tess e o prazo é do Serviço Federal de Vigilância em Defesa dos Direitos do Consumidor e Bem-estar Humano russo.
O provável lançamento da segunda vacina contra covid-19 é possível porque o Ministério da Saúde da Rússia havia concedido no dia 24 de julho uma licença ao Instituto Vector para realizar testes voluntários.
Segunda vacina contra covid-19: primeira versão foi registrada em agosto
A vacina Sputnik V, do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, está na fase três de testes.
Ademais, ela passou por um estudo preliminar na revista científica “The Lancet”, que atestou a sua segurança. De acordo com a publicação, ela produziu uma resposta imune e não provocou efeitos adversos nos voluntários.
Apesar do anúncio da Organização Mundial da Saúde, que disse não espera uma vacinação em massa até o segundo semestre de 2021, a Sputnik V promete rodar o mundo. Um dos países que já fechou contrato com a fabricante, por exemplo, foi a Índia.
A fase três, segundo o Kirill Dmitriev, diretor do Fundo Russo de Investimentos Diretos, envolve testes na Índia e no Brasil. E também, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Filipinas. Em seguida, a partir de outubro ou novembro de 2020, publicam-se os resultados.
Além da segunda vacina contra covid-19 até 15 de outubro, a primeira tem chances de realizar testes no Brasil
Por fim, os governos brasileiros da Bahia e do Paraná estão com acordos em andamento para a aquisição da Sputnik V. É possível que ela chegue aqui antes da segunda vacina contra covid-19.
Em território brasileiro, a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico (Bahiafarma) pretende comercializar a vacina Sputnik V.
Ademais, a empresa que desenvolveu a primeira vacina russa dividirá os riscos legais dos resultados do medicamento. Prática, que é, aliás, pouco realizada na área. Nos Estados Unidos, por exemplo, a responsabilidade legal ficará a custo do governo, já que a campanha é para beneficiar a sociedade.