Quais vacinas são eficazes contra a variante Delta?

A delta ainda não é a versão predominante do coronavírus encontrada por aqui; veja sintomas.

A presença da variante dentro do Brasil tem deixado a população muito preocupada sobre quais vacinas são eficazes contra a variante Delta. A medida em que a variante avança em todo o mundo, no País já vivemos a transmissão comunitária.

A delta ainda não é a versão predominante do coronavírus encontrada por aqui. Vinda da Índia, ela se manifesta com sintomas diferentes e mais leves, semelhantes ao de um resfriado, e não causa perda de olfato ou paladar. O grande risco dela está aí, como se parece com um resfriado, a transmissão se dá de forma muito mais rápida. As pesquisas indicam que a taxa de transmissão da variante delta seja de até 60% a mais do que a alfa.

No entanto, ainda não se pode afirmar que esta variante seja mais letal. Diante deste novo cenário de pandemia, fica a dúvida: quais vacinas são eficazes contra a variante delta?

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O que é a variante delta?

Variante delta

Uma variante é a consequência de modificações genéticas que o vírus da covid-19, o Sars-Cov-2 sofre durante o seu processo de replicação.

É possível que um único vírus dê origem à inúmeras variantes a medida em que vai transmitindo de uma pessoa para a outra.

No caso da delta, detectada na Índia pela primeira vez ainda em 2020, a variante foi a responsável pelo surto da covid-19 no País.

Desde então, é a que mais preocupa as autoridades em todo o mundo por se tratar de uma variante “aprimorada” geneticamente, que se espalha mais fácil pelo organismo, conseguindo “escapar” do sistema de defesa.

Mais transmissível, a delta ainda tem uma probabilidade maior de reinfecção nas pessoas que já tiveram covid, porque também apresenta como característica, uma “invasão celular mais eficiente”.

Desta forma, a variante consegue se conectar às células e assim se multiplicar e ainda aumentar a carga viral do coronavírus ao se replicar. Em outras palavras, é uma variante que contém mais vírus a ser espalhado através das gotículas de uma tosse ou espirro, por exemplo.

Vacina contra a variante delta

Vale ressaltar que antes de falar sobre eficácia das vacinas que fazem parte do PNI (Plano Nacional de Imunização) no Brasil contra a variante, é preciso bater na tecla da importância de se tomar a segunda dose.

Isso porque os especialistas têm defendido que a vacinação completa – ou seja as duas doses ou a dose única – podem frear a circulação do coronavírus e suas variantes.

As pesquisas têm mostrado que entre as vacinas que estão sendo aplicadas no Brasil: Coronavac, Astrazeneca e Pfizer, têm sim eficácia contra a variante delta já desde a primeira dose.

CORONAVAC – Estudos preliminares têm mostrado que sim, a Coronavac é eficaz contra casos graves de covid da variante delta. A pesquisa divulgada pelo Centro de Controle de Prevenção de Doenças da China revelou que todos os imunizantes aplicados no País, incluindo a Coronavac, tem uma proteção de até 77,7% para casos de pneumonia provocadas pelo coronavírus e 100% contra o desenvolvimento da Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e mortes.


ASTRANEZECA – Uma pesquisa realizada no Reino Unido aponta que a vacina Astrazeneca se mostrou eficaz contra a variante depois das duas doses dentro do intervalo previsto na bula.  O estudo foi publicado na revista científica The New England Journal of Medicine. Os dados mostraram que a Astrazeneca é 33% eficaz contra a Delta com apenas uma dose, e 60% eficaz depois da segunda dose.


PFIZER – A mesma pesquisa feita no Reino Unido também mostrou que a Pfizer é eficaz em 33% já a partir da primeira dose e sobe para 88% sua taxa de eficácia depois da segunda dose.


JANSSEN – Apesar de ter tido uma aplicação menor em comparação às outras vacinas no País, o imunizante da Johnson & Johnson, Janssen, chegou a ser usado no Brasil. Em julho, a fabricante anunciou que mesmo sendo dose única, a vacina é eficaz contra a variante delta em 67%.

Qual o risco de contrair a variante delta depois tomar a vacinar?

é preciso frisar que as vacinas não são capazes de evitar 100% da transmissão da covid-19 seja ela causada pela variante delta ou não. Os imunizantes agem na prevenção de mortes e evitando quadros de internação mais severos por conta da doença.

Apesar do risco de infecção da delta ser maior em relação às outras variantes do coronavírus, a vacinação é capaz de evitar casos graves da doença e mortes.

No entanto, para garantir eficácia é preciso tomar as duas doses do imunizante. Lembrando que para as vacinas Coronavac, Astrazeneca e Pfizer, o intervalo entre primeira e segunda dose varia, mas a proteção total ocorreu somente 15 dias da aplicação da segunda dose.

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