Probióticos: saiba tudo sobre as bactérias do bem
Entenda o que são esses micro-organismos capazes de proporcionar muitos benefícios à saúde, como melhorar a digestão e fortalecer a imunidade.
Você, sem dúvida, já ouviu falar em probióticos. Pode até ter sido em propagandas de iogurte na televisão. Mas será que sabe o que são? E mais: por que são essenciais para a saúde geral do organismo? Pois é isso o que você vai descobrir neste artigo.
O que são os probióticos?
Em resumo, os probióticos são micro-organismos, incluindo bactérias e leveduras. Estão presentes em certos alimentos e também suplementos nutricionais. Eles fazem muito bem à saúde. Isso porque agem diretamente na microbiota intestinal. “Esse conjunto de seres, principalmente bactérias, exerce importantes funções, entre elas a imunidade intestinal”, informa a nutricionista Bianca Farrapo.
Essa colônia tem mais de 10 trilhões de componentes. Começa a se formar no nascimento e vai mudando ao longo da vida por diversos fatores. Quando não está saudável, por causa de antibióticos ou má alimentação, por exemplo, o intestino pode ser invadido por bactérias nocivas. Por consequência, o corpo pode apresentar diferentes doenças.
Então, para evitar que isso aconteça é essencial contar com a ajuda dos probióticos. Afinal, de acordo com a ciência, eles ajudam a equilibrar a microbiota. Como resultado, aumentam o número de bactérias do bem e tornam o organismo muito mais resistente.
E vale mencionar ainda que muita gente confunde os probióticos com prebióticos. Embora pareçam semelhantes, eles desempenham papéis diferentes, já que os prebióticos são um tipo de fibra que o corpo humano não digere. Eles servem, na verdade, como alimento para probióticos.
Quais os benefícios para a saúde?
Há uma lista cheia de vantagens dos probióticos. Em primeiro lugar, temos o efeito mais famoso, ou seja, a defesa do organismo. Com isso, o sistema imune combate doenças como gripes e resfriados. Outro benefício é a melhora de problemas intestinais. O principal é a constipação. Por outro lado, auxilia no tratamento de casos de diarreia. Quem ganha com isso é a pele, já que fica mais bonita e hidratada.
“Há evidências de que os probióticos diminuem reações alérgicas. Regulam ainda os níveis de lipídeos e auxiliam na digestão da lactose”, afirma Bianca. O exército do bem também atua contra a obesidade, reduz o colesterol e regula a pressão arterial. Por isso, ajuda a diminuir o risco de doenças do coração. Além disso, protege as mulheres contra candidíase e vaginose. Tais problemas são muito comuns e recorrentes.
Mais um papel importante dos probióticos é na prevenção do câncer. Isso porque algumas bactérias produzem ácidos graxos de cadeia curta. Essa é principal fonte de nutrientes das células que revestem o cólon. Na prática, criam uma barreira que impede a entrada de agentes nocivos. Como resultado, cai a chance de inflamação e, então, há menos risco de tumores.
Por fim, alguns estudos comprovam efeitos positivos no sistema nervoso central. Assim, há melhora em sintomas de ansiedade e depressão. Além disso, contribui em casos de autismo, transtorno obsessivo-compulsivo e até na memória.
Como incluir probióticos na rotina?
A melhor forma de aproveitar todos os benefícios dos probióticos é cuidar da dieta. Muitos alimentos são ricos nessas bactérias. Os mais famosos, sem dúvida, são os iogurtes e o leite fermentado. Mas há ainda outras opções. É o caso do kombucha, kefir e missô. Azeitona, shoyu, picles e vegetais em conserva também. Eles só não podem ser pasteurizados, já que o processo elimina as bactérias.
Eles são seguros para a maioria da população, mas pode haver efeitos colaterais. “Inchaço abdominal, flatulência e sensação de estômago pesado, por exemplo. Os sintomas costumam desaparecer com o tempo de uso”, diz Bianca.
Vale dizer que existem suplementos em forma de cápsula, pó ou líquido. “No entanto, o ideal é ter prescrição médica ou nutricional”, sugere a nutróloga Marcella Garcez.
A contraindicação é para quem tem problemas no sistema imune. E também quem passou por cirurgia ou tem crescimento excessivo de bactérias no intestino delgado. “Menores de 2 anos de idade devem evitar o consumo. Já gestantes e lactantes podem consumir com cautela”, conclui Marcella.
Fontes
Bianca Farrapo, nutricionista que atende pela OnDoctor por meio da telemedicina. Marcella Garcez, nutróloga e mestre em Ciências da Saúde.