Pode beber depois da vacina da gripe? Veja o que pode ou não
Na segunda-feira, dia 2 de maio, o Ministério da Saúde deu início a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza e o Sarampo. Essa fase tem previsão de durar até o dia 3 de junho, com o objetivo de prevenir o surgimento de complicações decorrentes das doenças. Em meio a isso, uma dúvida que costuma surgir é se pode beber depois da vacina da gripe. Saiba mais sobre o assunto.
Pode beber depois da vacina da gripe?
Não há nenhuma restrição em relação a se pode beber depois da vacina da gripe. De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), o consumo moderado de bebidas alcoólicas não interfere na resposta gerada por nenhuma vacina, assim como não aumenta o risco de eventos adversos pós-vacinais. No entanto, a ingestão excessiva ou o uso abusivo podem enfraquecer o organismo, incluindo o sistema imunológico, o que facilita o surgimento de infecções.
Entre os outros cuidados do que pode ou não pode ser feito, antes, durante ou depois da vacina da gripe, a entidade científica recomenda que:
- em caso de febre, a vacinação seja adiada até que o paciente se recupere por completo;
- aqueles que possuem alergia ao ovo de galinha, com indícios de anafilaxia, podem se vacinar, mas em local com condições de atender possíveis reações, além de precisarem permanecer em observação por pelo menos 30 minutos;
- para situações de síndrome de Guillain-Barré (SGB), é recomendada que seja realizada uma avaliação médica sobre o risco-benefício de tomar uma nova dose, até seis semanas após receber a anterior;
- em caso de reações no local da aplicação, o uso de compressas frias pode aliviar a sensação, e, em situações mais intensas, também é possível usar medicação para dor, sob recomendação médica;
- se surgirem sintomas graves ou inesperados após a vacinação, é preciso notificar o serviço que realizou a aplicação da dose;
- e, com exceção dos casos citados, não é necessário nenhum cuidado especial antes da vacinação.
Quem pode tomar a vacina da gripe
Na segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, podem tomar a vacina os seguintes grupos: idosos com 60 anos ou mais; trabalhadores da saúde; crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias); gestantes e puérperas; povos indígenas; professores; pessoas com comorbidades; pessoas com deficiência permanente; forças de segurança e salvamento e Forças Armadas; caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso; trabalhadores portuários; funcionários do sistema prisional; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas; e população privada de liberdade.
Segundo o Ministério da Saúde, para crianças de 6 meses a menores de 5 anos que já tomaram pelo menos uma dose da vacina Influenza em anos anteriores, é preciso considerar o esquema vacinal com apenas uma dose em 2022. E no caso daquelas que serão vacinadas pela primeira vez, orienta-se que seja agendada a segunda dose da vacina contra gripe para 30 dias após a primeira.
Por que é importante se vacinar
A queda do número de casos da covid-19 provocou um aumento na flexibilização das restrições em função da pandemia. Dessa forma, fica mais suscetível a circulação de outros vírus respiratórios, como, por exemplo, a Influenza. Diante da possibilidade de circulação dos dois vírus, é preciso reforçar a atenção com as pessoas que são mais vulneráveis a essas doenças, em que a vacina é uma medida de prevenir hospitalizações, mortes e atendimentos ambulatoriais, além de evitar uma possível sobrecarga sobre o sistema de saúde.
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