Olho biônico para cegos será testado em breve em humanos

Após vários meses sendo testada em animais, a tecnologia não apresentar efeitos colaterais. Os testes do olho biônico para cegos humanos estão próximos de acontecer e mudar a realidade de milhões de pessoas no mundo.

Após 10 anos de pesquisa, uma realidade que parecia tão impossível poderá se concretizar. Cientistas da Universidade Monash, na Austrália, anunciaram estão quase prontos para realizar o primeiro implante de olho biônico para cegos humanos do mundo.

A equipe explicou que, nos testes que aconteceram até agora em ovelhas, não houve efeitos colaterais ou danos à saúde por causa da nova tecnologia.

Até agora foram mais de 2.700 horas de simulação com dez circuitos nos cérebros dos animais. Enfim, depois de tantos experimentos, o olho biônico agora é uma esperança para pacientes humanos com problemas no nervo óptico.

Pessoas com esse tipo de deficiência visual têm um comprometimento desse nervo. Por consequência, a retina não consegue transmitir os sinais que capta ao cérebro; o que leva a quadros de cegueira. No entanto, o olho biônico será capaz de dar um xeque-mate nesse diagnóstico.

 

Como funciona o olho biônico para cegos

Como funciona o olho biônico para cegos
Fonte: reprodução / monash university

O dispositivo não é exatamente no formato de um olho. Na verdade, ele utiliza um capacete que têm uma câmera.

Essa câmera enviará dados a uma unidade de processamento. Daí, ela interpretará as informações e transmitirá a circuitos complexos instalados no cérebro do paciente por uma conexão sem fio.

Assim, os dados da imagem se converterão em impulsos elétricos. Estes, por sua vez, irão até os neurônios por microeletrodos da espessura de fios de cabelo.

 

Tecnologia do olho biônico
Fonte: reprodução / monash university

A princípio pode ser difícil entender todo o funcionamento dessa tecnologia complexa que liga o cérebro a uma máquina, mas certamente ela trará benefícios inéditos até hoje.

Mas enquanto os testes em humanos não acontecem, os pesquisadores da Universidade de Monash ainda têm muito a estudar e buscam financiamento suplementar para produzir em alta escala dos dispositivos do projeto Gennaris.

Segundo a equipe, a tecnologia do olho biônico para cegos também é promissora no tratamento de outras condições que têm relação com deficiências nervosas, incluindo a paralisia de membros.

 

Outras iniciativas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que haja 253 milhões de pessoas com deficiência visual em todo o planeta. Por isso, o investimento na busca por tecnologias que resolvam esse problema já resultou em outras iniciativas de olho biônico para cegos, que estão a caminho do sucesso.

Cientistas de Hong Kong, por exemplo, desenvolveram um olho artificial que pode se alimentará por luz solar e também ajudar em implantes oculares. Com um funcionamento semelhante ao do olho humano, ele possui uma lente para focalizar a luz e uma retina hemisférica.

 

Pesquisadores de hong kong também desenvolveram um olho biônico
Fonte: reprodução / nature

A retina, tanto em olhos naturais quanto no olho artificial, é onde células fotossensíveis geram impulsos elétricos que são enviados ao cérebro e geram a imagem. Entretanto, no caso dessa tecnologia, ela é feita de óxido de alumínio poroso preenchido com nanofios compactados.

Então, esses nanofios sensíveis à luz, agem de forma similar às células nervosas de um olho humano, transmitindo sinais elétricos quando a luz os ativa.

Atualmente a resolução da imagem que essa tecnologia gera ainda é baixa e um pouco limitada, mas prova que para alguns cientistas o conhecimento não tem limites!

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