O que é telemedicina? Entenda como funciona o atendimento à distância

A telemedicina é o atendimento médico online. A prática foi uma saída para o acompanhamento de pacientes durante a pandemia de Covid-19.

A telemedicina foi uma ferramenta importante para o acompanhamento de pacientes durante a pandemia. Por isso, o atendimento médico via virtual tem liberação do Ministério de Saúde, desde abril de 2020.

Sendo assim, a Lei 13.989/2020 regulamenta a prática da telemedicina no Brasil, para assistência, pesquisa, prevenção de doenças e lesões, bem como promoção de saúde. Contudo, ainda tem a finalidade emergencial, isto é, previsto apenas enquanto durar a pandemia de Covid-19.

Vale ressaltar que a telemedicina está disponível no Sistema Único de Saúde, além das redes médicas suplementares e privadas.

 

O que é telemedicina?

“A telemedicina é uma especialidade médica que disponibiliza serviços a distância para o cuidado com a saúde, o que ocorre por meio de modernas tecnologias digitais que promovem a assistência médica online a pacientes, clínicas, hospitais e profissionais da saúde”, segundo o portal Brasil Telemedicina.

O processo de migração  digital do atendimento médico é um tema bastante discutido no país, antes mesmo da pandemia. Em 2002, o Conselho Federal de Medicina (CFM) normatizou o uso da telemedicina, por meio da Resolução nº1.643. Sendo assim, a medicina virtual foi um dos grandes saltos para a saúde pública brasileira.

Na época da normatizaçãoo representante do CFM, Gerson Zafalon Martins afirmou que “a telemedicina deve contribuir para favorecer a relação médico-paciente, com o que o profissional tem completa independência para utilizar o recurso ou recusá-lo. Há de se esclarecer que a informação sobre o paciente identificado só pode ser transmitida a outro profissional mediante o consentimento livre e esclarecido do mesmo e sob rígidas normas de segurança, capazes de garantir a confidencialidade e integridade dos dados.”

Mesmo assim, havia algumas restrições quanto a utilização da telemedicina no país, sendo assim previstas teleconsultas, por exemplo. De fato, a liberação da teleorientação, teleinterconsulta e telemonitoramento ocorreu somente no início de 2020.

 

Como funciona a telemedicina?

A telemedicina é o exercício da medicina por meio de tecnologias, sendo realizada em tempo real ou off-line, ou seja, de maneira síncrona ou assíncrona.

Dessa forma, a prática médica à distância engloba vários termos específicos da área médica como teleconsulta, telediagnóstico, telecirurgia e outras modalidades que podem ser realizadas a distância.

Sendo assim, para ter acesso ao atendimento médico online é preciso solicitar

Teleconsulta

A teleconsulta é a consulta médica realizada de maneira remota, isto é, por intermédio de tecnologias, como celulares, tablets ou computadores. Dessa forma, o médico consegue acompanhar o paciente, já assistido ou estágio de tratamento. Mas também, pessoas de grupos de risco. Sobretudo, a busca por terapias online durante a pandemia.

Além disso, a teleconsulta permite o profissional contatar demais especialistas, em alguns serviços. Por exemplo, um clínico-geral debater alguma questão médica com um pneumologista ou psicólogo em tempo real. Ou seja, a possibilidade de melhor eficiência médica por meio da teleinterconsulta.

Por fim, o uso da inteligência artificial é um dos aliados para que a consulta à distância aconteça. Dessa forma, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) torna-se importante como garantia e segurança à utilização dos dados dos pacientes, permitindo assim o sigilo no diagnóstico e tratamento de doenças.

Homem à esquerda e uma mulher à direita em consulta online por um computador
Foto:divulgação/ccomsex

Quais o benefícios da telemedicina?

Para o médico cardiologista, Carlos Camargo, “a telemedicina traz benefícios aos pacientes e aos médicos que a exercem. Vejam o caso dos Estados Unidos, que pratica a saúde à distância há cerca de 30 anos. Pesquisas apontam que, no ano passado, foram realizadas consultas virtuais por 22 milhões de pessoas no país”, afirmou em entrevista ao portal Brasil Telemedicina.

Ademais, Camargo destacou que “a telemedicina foi impulsionada por conta do coronavírus, que pressionou para que tudo começasse a evoluir digitalmente na área médica e de saúde.”

Sabendo disso, os benefícios gerados pelo uso da telemedicina são:

  • Aproximação do médico com o paciente, garantindo acolhimento à saúde onde e quando for necessário;
  • Atendimento a distância às comunidades que precisam, mas não tem acesso ao médico;
  • Acessibilidade a uma grande parte da população;
  • Maior agilidade nos atendimentos, devido à sistematização do processo por meio de softwares de saúde online;
  • Ampliação da agenda clínica dos especialistas;
  • Envio de exames para laudo 24 horas por dia com resposta ágil e atendimento nacional;
  • Maior especialização no diagnóstico de laudos;
  • Redução do tempo de atendimento e dos custos operacionais.

 

Telemedicina no SUS

A rede Sistema Único de Saúde (SUS), uma das maiores coberturas de saúde pública no mundo, iniciou o uso da telemedicina há pouco tempo, com a plataforma DigiSUS e o projeto PROADI-SUS. Confira-os:

DigiSUS

Renomeado recentemente como ConecteSUS, a plataforma DigiSUS faz parte do plano de digitalização dos serviços públicos, bem como dos documentos pessoais dos brasileiros.

Pela plataforma, o paciente pode visualizar o histórico, acesso à exames, agendamento de consultas, acompanhamento médico, vacinas, disponibilidade e retirada de medicamentos, entre outros serviços. Sendo assim, para acessar basta realizar cadastro no ConecteSUS. Para saber mais, clique aqui.

 

PROADI-SUS

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS) é uma parceria do SUS com os principais hospitais do Brasil para o desenvolvimento da telemedicina.

Assim, os hospitais Moinho de Vento, HCor, Albert Einstein e Oswaldo Cruz integram o projeto, desde 2018. As Unidades de Terapia Intensiva Pedriátricas (UTIPs) constituem o principal modo de atuação. Para isso, há o acompanhamento de indicadores clínicos-assistenciais, como por exemplo, redução da mortalidade, redução do tempo de internação, redução de infecção e da Síndrome de Burnout.

A TeleUTIP, isto é, o atendimento de UTIPs por telemedicina, já prestou assistência para 600 crianças, pelo menos, desde 2018. De acordo com o site oficial do Projeto (https://hospitais.proadi-sus.org.br/), dados apontam a redução de 50% de mortalidade infantil nas regiões de Sobral (CE), Palmas (TO) e Rio de Janeiro (RJ), pelo Hospital Moinhos de Vento.

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