Mais transmissível, com maior risco de hospitalização e de reinfecção, a variante do coronavírus denominada “Delta” já é uma realidade que assusta a saúde no Brasil. Mas você sabe o que é a variante delta?
Detectada pela primeira vez na Índia em outubro de 2020, a variante delta se espalhou por mais de 95 países e tem se mostrado capaz de provocar sintomas diferentes, muitas vezes “mais leves”. Estudos estimam que a variante delta seja até 60% mais transmissível do que as demais variações do coronavírus.
A preocupação maior gira em torno das vacinas. Será que as vacinas aplicadas pelo mundo conseguem proteger da variante? Por enquanto os estudos apontam que sim, as vacinas continuam sendo eficazes até mesmo contra a delta.
O que é a variante Delta?
Esta variante do coronavírus foi detectada na Índia, ainda em outubro de 2020, e foi a responsável pelo surto da covid-19 no País.
No início do mês de julho, mais precisamente no dia 5, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo confirmou ter registrado a variante pela primeira vez em São Paulo capital.
Até o começo deste mês, a OMS (Organização Mundial de Saúde) já tinha registro da variante em 98 países.
Esta variação do coronavírus tem preocupado mais as autoridades de saúde porque se trata de uma variante “aprimorada” geneticamente, que se espalha mais fácil pelo organismo e consegue “escapar” do sistema de defesa.
A variante Delta também é mais transmissível e tem uma probabilidade maior de reinfectar pessoas que já tiveram a covid-19.
Com uma “invasão celular mais eficiente”, a variante consegue se conectar melhor às células do corpo humano e assim se multiplicar.
Além de ser mais eficiente na invasão das células, a variante Delta consegue se replicar aumentando a carga viral do coronavírus.
Na prática isso quer dizer que existe mais vírus a ser espalhado através das gotículas de uma tosse ou espirro.
Pesquisadores do Centro de Controle de Prevenção de Doenças da China disseram ainda que uma pessoa infectada com a variante Delta pode ter até 1 mil vezes mais o vírus no corpo em comparação com alguém infectado com as variações iniciais do vírus.
Uma vez apresentando maior carga viral, a variante Delta é diretamente ligada a uma maior severidade da doença, isso porque a variante pode atingir ainda mais as células respiratórias do nosso organismo.
Quais são os sintomas mais comuns da variante Delta?
Os estudos têm mostrado que a variante manteve os cinco principais sintomas da covid-19, e que se parecem e muito com uma gripe comum. São eles:
Dor de cabeça;
Coriza;
Espirros;
Dor de garganta;
Tosse persistente
A pesquisa feita no Reino Unido, onde a variante é predominante, mostrou que quase não se viu pacientes com queixa de perda de olfato ou febre.
Os principais sintomas foram dores de cabeça, dor de garganta, coriza e febre, o que pode confundir desde uma crise de alergia até uma gripe.
Por isso a preocupação dos especialistas, porque a pessoa pode estar com a covid-19 e não fazer o isolamento necessário nem procurar um médico.
Qual vacina é eficaz contra a variante delta?
Até o momento as pesquisas têm mostrado que a vacina protege sim contra a variante Delta.
Quem já foi imunizado tem um risco menor de ser hospitalizado ou ter a covid-19 de uma forma mais grave pela variante Delta ou qualquer outra.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) todas as vacinas aprovadas pela instituição, que incluem as que estão em uso no Brasil, podem evitar a doença em sua forma mais grave.
É importante ressaltar que nenhuma vacina tem 100% de eficácia contra a morte causada pela covid-19.
No entanto, como a variante Delta é mais resistente aos anticorpos em comparação com as demais, as taxas de proteção são menores.
Segundo estudo publicado na revista científica Lancet, a vaicna da Pfizer, por exemplo, tem eficácia de até 79% contra a variante Delta, quando para as demais variantes, a taxa chegava a 92%.
Já a Astrazeneca, apresentou eficácia de 60% contra a Delta e 73% para as demais variantes.
D acordo com uma análise do Departamento de Saúde britânico, a população que já estiver totalmente imunizada. Ou seja, com as duas doses completas da vacina, tanto Pfizer ou Astrazeneca estão bem protegidos contra casos mais graves da covid-19.
A mesma pesquisa trouxe que o risco de hospitalização foi reduzido em mais de 90% para a variante Delta em comparação com pessoas que não receberam nenhuma dose da vacina.
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Prevenção
A OMS (Organização Mundial de Saúde) alerta que todas as medidas de proteção contra o coronavírus Sars-CoV-2 também são eficazes contra a variante delta.
Isso porque a a variante não tem um mecanismo de transmissão diferente, e sim uma capacidade melhor de adentrar nas células do organismo.
Ou seja, continua sendo imprescindível o uso da máscara, o distanciamento social e a higiene das mãos. Além de tomar a vacina disponível em sua região.
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