Nova variante do coronavírus no Brasil: veja os sintomas
Nova variante do coronavírus encontrada em Manaus, preocupa especialistas e a população brasileira. Além de mais transmissível, mutação possui carga viral dez vezes maior em adultos, em comparação a versão “original” da Covid-19.
Chamada de P.1, a nova variante do novo coronavírus encontrada em Manaus, no fim de janeiro de 2021 vem preocupando especialistas e a população brasileira. Isso porque a mutação da Covid-19 já foi registrada em outras regiões do país, como na capital de São Paulo e em cidades do interior paulista. Com isso, surgem cada vez mais dúvidas de como identificar a nova variante do coronavírus e seus sintomas.
Apesar de ser mais transmissível que a original, a nova variante da doença também não possui regras quando se trata de sintomas, isto é, ela pode apresentar sintomas leves ou elevados de síndrome gripal. O morador da cidade de São Paulo, primeiro a ser registrado com a P.1 do novo coronavírus, não precisou ser internado, de acordo com informações da Agência Brasil.
Assim como a Covid-19, a população se preocupa com a possibilidade de a mutação ser mais perigosa. As dúvidas sobre os sintomas da nova variante do coronavírus fazem com que cientistas de todos os lugares do mundo corram contra o tempo para estudar a mutação. Por isso, o DCI separou as principais informações sobre a nova variante, assim como os seus possíveis sintomas.
Nova variante do coronavírus
A ciência global já detectou o vírus responsável pela Covid-19, conhecido cientificamente por SARS-CoV-2. O vírus apresenta um espectro clínico que pode variar de infecções assintomáticas a quadros graves. Dessa forma, a sua mutuação também pode evoluir para dispneia ou, em casos mais graves, Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Segundo informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) no boletim epidemiológico semanal divulgado no dia 19 de fevereiro, a nova variante do novo coronavírus causa os mesmos sintomas, mas pode reduzir a capacidade dos anticorpos de neutralizar a ação do vírus. No entanto, o risco é dela se tornar mais contagiosa e resistente a vacinas e ao sistema imunológico humano.
O que explica a nova variante P.1?
O surgimento de novas linhagens virais é um processo esperado. A ciência diz que parte da natureza dos vírus sofrer mutações conforme se multiplicam ao longo do tempo. No caso da variante P.1, a mudança genética trouxe alterações na proteína spike, que forma a coroa de espículos que dá nome ao coronavírus e é a estrutura usada pelo micro-organismo para se conectar às células humanas.
Segundo pesquisadores ouvidos pela BBC News Brasil, quatro sinais de alerta são particularmente importantes no monitoramento de novas variantes, sendo eles:
- Surto de hospitalizações
- Evidências de reinfecção
- Mudanças em sintomas e gravidade da doença
- Alterações nas faixas etárias mais infectadas
Quais são os sintomas da nova variante do coronavírus?
Uma pesquisa recente realizada por cientistas da Fiocruz mostrou que adultos infectados pela nova variante do coronavírus brasileira possuem uma carga viral dez vezes maior do que adultos infectados pela outra “versão” da Covid-19, ou seja, a quantidade de vírus no corpo do paciente se espalha de forma maior.
A pesquisa, que ainda não foi publicada e está disponível apenas online, contou com a análise de 250 códigos genéticos do coronavírus durante quase um ano. A amostragem cobriu o primeiro pico da doença, em abril, e o segundo, no final de 2020 e início de 2021.
Em entrevista ao portal G1, o cientista da Fiocruz-AM, Felipe Naveca, garantiu que não há relação entre quantidade de vírus no corpo e gravidade da doença ou, até mesmo, presença deles. “Carga viral não está relacionada com gravidade. A gente tem pacientes com alta carga viral e sintomas muito leves ou até sem sintomas”.
Quais são os sintomas mais comuns da Covid-19?
Pessoas diagnosticadas com a Covid-19 tiveram uma ampla variedade de sintomas relatados, desde sintomas leves a doenças graves. Os sintomas podem aparecer de 2 a 14 dias após a exposição ao vírus. Confira abaixo alguns deles:
- Tosse
- Febre
- Coriza
- Dor de garganta
- Dificuldade para respirar
- Perda de olfato (anosmia)
- Alteração do paladar (ageusia)
- Distúrbios gastrintestinais (náuseas/vômitos/diarreia)
- Cansaço (astenia)
- Diminuição do apetite (hiporexia)
- Dispnéia (falta de ar)
Fonte: Ministério da Saúde**
Vacinas protegem da nova variante?
Segundo os especialistas da OMS, as vacinas muito provavelmente ainda funcionarão contra as novas mutações do novo coronavírus. Entretanto, estudos para confirmar a informação ainda estão em andamento, e levam tempo. Uma pesquisa preliminar descobriu que a vacina Pfizer/BioNTech parece funcionar contra o vírus após a mutação, mas mais estudos são necessários porque há mais variantes além da londrina e a brasileira.