Jovens assintomáticos impulsionam a disseminação do coronavírus, alerta OMS

Segundo a Organização Mundial da Saúde, as aglomerações e a falta de cuidado com as diretrizes de distanciamento social são os principais problemas.

No início da terça-feira (18), a OMS alertou que os jovens assintomáticos podem ser responsáveis por impulsionar a disseminação do coronavírus.

De acordo com o comunicado à BBC, pessoas na faixa dos 20, 30 e 40 anos, que não sabem que estão infectadas com o Covid-19 lideram a propagação da epidemia. A preocupação da OMS é ainda maior com os indivíduos do grupo considerado de baixo risco.

 

Falso senso de segurança entre jovens assintomáticos preocupa a OMS

 

A organização citou ainda o aumento da proporção de jovens infectados pelo covid-19 que não respeitam as diretrizes de isolamento social. Segundo a OMS, os indivíduos estariam colocando em risco a vida dos mais vulneráveis, uma vez que as aglomerações com pacientes assintomáticos são um perigoso foco de contágio.

A epidemia está mudando“, explicou também o diretor regional da OMS para o Ocean Pacific, Takeshi Kasai. “O que estamos observando não é simplesmente um simples retorno do vírus. Acreditamos que seja um sinal de que entramos em uma nova fase de pandemia na Ásia-Pacífico“, disse ele.

 

Disseminação de coronavírus assintomáticos
Imagem: reprodução / pixabay

 

Epidemia e disseminação do coronavírus no mundo

 

Recentemente, novos surtos ocorreram em países como o Vietnã, onde o covid-19 parecia estar sob controle. Além disso, vários países europeus, incluindo França e Espanha, viram o número de casos aumentar significativamente nos últimos 14 dias. Governos também alertaram que os jovens não estão seguindo as diretrizes de distanciamento social.

Mais uma vez, a alta nos números globais alerta para a velocidade preocupante da disseminação de coronavírus. Isso tem gerado novas ondas mesmo nos países que acreditavam ter estacionado o contágio.

No momento, a principal esperança está nas vacinas, cujos testes correm em ritmo acelerado. Ainda na última semana, a Rússia anunciou que primeiro lote da vacina desenvolvida pelo país já foi produzido. A expectativa é de começar a imunizar a população em breve, mas a comunidade internacional vê a novidade com bastante ceticismo.

Com sucesso, a imunização deve frear a disseminação do coronavírus mesmo entre pacientes assintomáticos.

 

Covid-19 no mundo

 

No início da terça-feira (18), o número total de casos globais de coronavírus estava em 21.814.597. Contudo, as mortes aumentaram para 772.782, segundo números oficiais da Universidade Johns Hopkins. Isso fora os casos assintomáticos e não testados.

Em primeiro lugar no ranking da epidemia, os EUA são responsáveis pelo maior número de casos e mortes do mundo. O país tem 5.437.969 infecções e chegou a 170.491 mortos..

Na sequência aparece o  Brasil com 3.359.570 casos e 108.536 mortes por covid-19.

E em terceiro lugar está a India, com mais de 2 milhões de casos de coronavírus. Nos últimos dias, o país asiático ultrapassou o número de 50 mil mortes.

Para além desses números, é importante notar os portadores assintomáticos do vírus. Segundo o estudo recente divulgado no periódico Annals of Internal Medicine,  dos Estados Unidos, mais de 45% das infecções por coronavírus não apresentam nenhum sintoma, o que facilita a propagação da epidemia.

Através da BBC News
Você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.

Este site usa cookies para melhorar sua experiência. Vamos supor que você esteja de acordo com isso, mas você pode optar por não participar, se desejar. Aceito Mais detalhes