Eficácia da Coronavac e reações mais comuns da vacina
Vamos pontuar o que é eficácia e porque existem tantas diferenças de percentuais da Coronavac.
Você já deve ter se deparado com diferentes percentuais de eficácia da Coronavac e deve se perguntar por quê isso ocorre e qual dado deve ser levado em conta.
Além da eficácia de uma vacina, o sucesso da imunização depende da cobertura vacinal com as duas doses e da velocidade com que se consegue imunizar a população.
Aqui vamos pontuar o que é eficácia e porque existem tantas diferenças de percentuais da Coronavac.
O que é a eficácia de uma vacina?
A eficácia é a capacidade da vacina em proteger o organismo a um determinado agente, no caso da covid-19, o vírus SARS-CoV-2.
Este termo é falado até a fase dos ensaios clínicos para se referir ao percentual de pessoas imunizadas, dentro do ambiente de estudo, que adquiriram imunidade ao vírus.
Já no caso da vacinação na população, o termo mais adequado é a efetividade da vacina.
Qual é a eficácia da Coronavac?
A eficácia geral da Coronavac é de 50,38% e por mais que o percentual possa parecer desanimador, os pesquisadores garantem que não.
Isso porque nos resultados detalhados, a vacina se mostrou na população do estudo, ser 100% eficaz nos casos moderados e graves e 78% eficaz em casos leves.
Resumindo de maneira bem simples, quando aplicada a Coronavac em duas doses a vacina tem um grande potencial de reduzir o número de internações pela doença.
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Que estudos foram feitos sobre a Coronavac?
Importante ressaltar que estudos clínicos de fase 1, 2 e 3 e pesquisas quanto a eficácia da vacina têm finalidades diferentes.
Os ensaios clínicos são feitos para descobrir dados de segurança e eficácia dos produtos e são feitos através de testes, divididos em fases, em milhares de pessoas.
O estudo que avalia se a vacina consegue ou não proteger o organismo de uma doença, no caso a covid-19, faz uma comparação entre casos leves, moderados, graves e óbitos de voluntários que contraíram a doença. Neste grupo está quem recebeu a vacina e também quem recebeu o placebo, e no caso, o ambiente dos estudos é controlado.
Qual são a taxa de eficácia da Coronavac?
A Coronavac foi a primeira vacina a ser testada em uma população inteira, ou seja, comprovou sua efetividade também no mundo real, além dos ensaios clínicos de eficácia.
Na explicação do Instituto Butantan, é usado como exemplo o “Projeto S”, que foi a aplicação em massa da vacina da Coronavac na cidade de Serrana. Quando se vacinou 75% da população adulta, foi possível controlar a covid no município.
Foram quase 28 mil adultos vacinados, e os dados mostraram que a Coronavac fez os casos sintomáticos reduzirem 80%, as internações, 86%, e as mortes, 95%. Tudo isso em Serrana.
Além de evitar a grande maioria das internações e óbitos pela doença, a vacinação conseguiu diminuir a transmissão do vírus, o que beneficiou, inclusive quem não se aplicava aos critérios de vacinação da pesquisa e não tinham sido imunizados.
Em outro estudo, desta vez feito no Chile, onde a Coronavac também foi aplicada em massa. Das 10,5 milhões de pessoas que receberam o imunizante, a efetividade foi de 67% nos casos sintomáticos.
A vacina também impediu, segundo o governo chileno, 85% de hospitalizações, 89% das entradas em UTIs e 80% dos óbitos.
Por que existem tantas diferenças de eficácia da Coronavac?
A proteção da Coronavac varia a depender do estudo, da faixa etária e do local. Ou seja, não basta a eficácia da vacina, é preciso um conjunto de fatores para chegar à imunização.
As taxas também variam de estudo para estudo se levarmos em conta que cada região e povo tem características genéticas distintas.
Além, claro, de se prever que diferentes regiões vão ter variantes do coronavírus que podem resistir mais ou menos à imunização.
É fundamental ter em mente que apesar da eficácia alta ocorrer quando a vacina supera 90% nos ensaios clínicos, uma taxa acima de 50% já é suficiente para diminuir internações e casos mais graves da covid-19.
Todas as vacinas utilizadas no Brasil são seguras e tiveram seu uso aprovado. Então, mais do que saber eficácia de cada vacina, você como cidadão precisa ter a consciência de que se vacinar é um pacto coletivo de proteção a si mesmo e ao próximo.
Quanto maior for o número de imunizados, melhor será os resultados para o controle da covid-19 no País.