Coronavírus pode sobreviver por até 28 dias em celulares e notas, diz estudo
Agência australiana descobriu que o vírus do coronavírus pode sobreviver por até quatro semanas em superfícies lisas. Pesquisadores reforçam o cuidado com as boas práticas e higienização.
De acordo com uma nova pesquisa, o coronavírus pode sobreviver em superfícies, como telefones celulares e notas, por até quatro semanas.
A agência científica nacional da Austrália CSIRO descobriu que o Sars-CoV-2 era “extremamente robusto” a 20°C ou temperatura ambiente.
Além disso, o estudo também descobriu que o vírus sobreviveu por mais tempo em temperaturas mais baixas.
Os pesquisadores disseram que o vírus ficou mais tempo em superfícies lisas, como vidro e aço inoxidável, em comparação com superfícies porosas, como algodão.
Bem como descobriram ele sobreviveu mais em notas de papel que em notas de plástico.
Contudo, um estudo anterior publicado no The Lancet em abril descobriu que o SARS-Cov-2 não pôde ser detectado no vidro ou nas notas depois de quatro dias ou sete dias para o aço inoxidável.
Coronavírus pode sobreviver por até 28 dias
A pesquisa do CSIRO descobriu que o vírus sobreviveu por 28 dias nas superfícies.
No entanto, a pesquisa foi feita em uma área escura que anula os efeitos da luz ultravioleta. Pois os estudos mostraram que a luz solar direta pode inativar rapidamente o vírus.
A Dra. Debbie Eagles, vice-diretora do Australian Centre for Disease Preparedness, disse: “Nossos resultados mostram que o SARS-CoV-2 pode permanecer infeccioso em superfícies por longos períodos de tempo. Reforçando assim a necessidade de boas práticas, como lavar as mãos e limpar as superfícies regularmente”.
“A 20 graus Celsius, que é aproximadamente a temperatura ambiente, descobrimos que o vírus era extremamente robusto, sobrevivendo por 28 dias em superfícies lisas, como vidros encontrados em telas de telefones celulares e notas de plástico.
Contudo, há incertezas quanto à transmissão superficial. Afinal, o vírus é transmitido principalmente quando uma pessoa tosse, espirra ou fala.
Estudo em andamento
A Dra. Eagles acrescentou: “Embora o papel preciso da transmissão de superfície, o grau de contato e a quantidade de vírus necessária para a infecção ainda não tenham sido determinados, estabelecer quanto tempo este vírus permanece viável em superfícies é fundamental para o desenvolvimento de estratégias de mitigação de risco em alta áreas de contato”.
De acordo com o presidente-executivo da CSIRO, Dr. Larry Marshall, “estabelecer por quanto tempo o vírus realmente permanece viável nas superfícies nos permite prever e mitigar sua disseminação com mais precisão. Além de fazer um trabalho melhor de proteção ao nosso povo”.