CoronaVac: Anvisa libera matéria-prima para importação

Na semana passada, a Anvisa já havia liberado 6 milhões de doses da CoronaVac que deverão chegar prontas para uso. Em sua terceira fase de testes, vacina é uma parceria do Instituto Butantã com farmacêutica chinesa, Sinovac.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou ontem (28) a importação de insumos para a produção de 40 milhões de doses da CoronaVacvacina chinesa que tem o Instituto Butantã, em São Paulo, como parceiro de produção contra a contaminação da covid-19. Na semana passada, a Anvisa já havia liberado a importação de 6 milhões de doses da CoronaVac que deverão chegar no Brasil envasadas e prontas para o uso.

A Sinovac, farmacêutica chinesa responsável pela produção da CoronaVac, ainda não obteve o registro de aplicação no Brasil – logo, a população não pode utilizar o imunizante. Até agora, apenas alguns dados parciais sobre a segurança do medicamento foram apresentados pelo Governo do Estado de São Paulo, mas ainda não foram publicados em revistas científicas. A CoronaVac está atualmente em sua terceira fase de testes.

CoronaVac x Vacina de Oxford

A CoronaVac é alvo de disputa política entre o governador do Estado de São Paulo, João Dória (PSDB), o Ministério da Saúde e o presidente, Jair Bolsonaro.  O Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, havia anunciado na semana passada a compra de 46 milhões de doses da vacina feita em parceria com a China, mas Bolsonaro mandou cancelar a compra logo em seguida ao anúncio – o que levou o Ministério revogar a decisão. O Governo Federal vem apoiando a produção da vacina de Oxford.

A liberação da Anvisa para a compra de matéria-prima da CoronaVac dá margem para uma nova polêmica entre os dois governos, já que o governo paulista afirmou que o calendário de produção da vacina sofreria atrasos diante da demora na liberação da importação dos insumos da China -o que foi negado pela Anvisa, que afirmou que o trâmite seguiu normalmente., já que o Instituto Butantã solicitou a autorização da importação em 18 de setembro.

Vacina de Oxford tem resposta positiva

No meio da discussão sobre a eficácia da CoronaVac ou da vacina britânica, no início dessa semana, novas informações sobre a Vacina de Oxford foram divulgados em revistas científicas. Dessa vez, os testes apontam bons resultados do imunizante entre idosos e jovens adultos. A vacina de Oxford faz parte de um acordo com o Governo Federal do Brasil e a Fiocruz; e a OMS (Organização Mundial da Saúde) já havia recebido informações parecidas, o que deixa a agência “otimista” em relação ao avanço na imunização da Covid-19.  

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