Câncer de tireoide: cinco sintomas que podem indicar a doença

O tumor é responsável por mais de 13 mil novos casos de câncer todos os anos e as mulheres são as mais afetadas pela doença.

Na semana passada, a atriz Carla Diaz revelou, em sua apresentação no BBB21, que lutou contra um câncer de tireoide em 2020.  Esse, aliás, é o quinto tipo de tumor mais comum nas mulheres e o 17º entre os homens. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 13 mil novos casos surgirão a cada ano até 2022. 

Em geral, pessoas mais jovens estão mais propensas a apresentar essa doença. Além disso, pode ter incidência maior em pessoas que se expõem à irradiação no pescoço e com histórico na família.

 

O que é o câncer de tireoide?

 

Em primeiro lugar, é preciso saber que a glândula tireoide fica na parte da frente do pescoço. Está logo abaixo da laringe (cordas vocais). Sua função é, enfim, produzir hormônios que regulam o metabolismo. Por sua vez, esse processo usa e armazena energia. Então, o câncer de tireoide ocorre quando surgem nódulos nessa região do corpo.

Uma notícia positiva é que a maioria dos nódulos (90%) são benignos. No entanto, os cancerosos podem se espalhar pelo corpo. Em casos mais graves, chegam até a colocar a vida em risco. 

 

Causas, fatores de risco e tratamento

 

A ciência ainda não sabe, de fato, qual é a causa do câncer de tireoide. Por outro lado, já elencou alguns fatores que elevam as chances de uma pessoa desenvolver a doença. Os mais comuns são:

  • Tratamentos com radiação para cabeça, pescoço ou tórax. Isso, principalmente, quando ocorrem na infância ou adolescência.
  • Histórico familiar de câncer de tireoide.
  • Idade superior a 40 anos.
  • Nódulos grandes ou que crescem rápido na região do pescoço.

Com frequência, descobre-se o câncer de tireoide a partir do surgimento de um nódulo ou caroço no pescoço. O diagnóstico ocorre, então, por meio da aspiração do nódulo com uma agulha fina. O procedimento retira células ou fluidos para análise. O teste é preciso e identifica se o tumor é benigno ou maligno.

Já o tratamento varia de acordo com o tipo de câncer. Depende, ademais, se está apenas em um único local ou se espalhou pelo corpo. Entre as opções de tratamento estão cirurgia, radiação externa e quimioterapia. Vale lembrar que é importante consultar o médico para realizar o diagnóstico e indicar o melhor tratamento.

Câncer de tireoide
Imagem: reprodução / pinterest

Sintomas do câncer de tireoide

 

Apesar de ser assintomático em muitos casos, há muitos sinais que alertam para a presença do câncer de tireoide. O oncologista Andrey Soares destaca, então, os cinco principais sintomas da doença.

 

Nódulo no pescoço

 

Dores na parte anterior do pescoço e nódulos ou caroços rígidos, que persistem por mais de 20 dias, podem ser sinais do tumor. Além disso, podem apresentar crescimento rápido. “Nesse caso, o ideal é procurar um especialista de imediato.”

 

Rouquidão

 

Preste atenção se os nódulos estiverem associados à rouquidão. Isso porque esse também é um sintoma do câncer de tireoide. Alterações na voz, como duas tonalidades diferentes, por exemplo, também merece atenção. É importante detectar logo cedo esses primeiros sinais, pois o sucesso do tratamento depende do estágio do tumor.

 

Dificuldade para engolir – câncer de tireoide 

 

A dificuldade de engolir pode ser sintoma de muitos problemas, como a disfagia, por exemplo. No entanto, desconfortos ao ingerir alimentos sólidos ou líquidos e sensação de algo preso na garganta também podem ocorrer no câncer de tireoide. Dessa forma, fique de olho se esse sinal aparecer.

 

Problemas respiratórios

 

Quando a tireoide está inflamada, problemas respiratórios são muito comuns. Mas a falta de ar também pode ser indicativo de câncer de tireoide e precisa ser acompanhada de perto.

 

Tosse frequente

 

“Mesmo que pareça algo banal, a tosse frequente pode estar ligada a um tumor maligno na tiroide”, diz o médico. Assim, se a tosse persistir e não houver outros sintomas de resfriado ou gripe, é hora de procurar um especialista.

Fonte: Andrey Soares, oncologista do CPO Oncoclínicas.

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