Câncer de pele: principais sintomas e cuidados 

Entenda a diferença entre os tipos de câncer de pele, o tumor maligno que mais afeta os brasileiros, e veja também a importância da prevenção.

O sol é essencial para a saúde, pois estimula a produção de vitamina D, indispensável para diversas funções do corpo. Além disso, previne infecções, reforça o sistema imune e promove bem-estar. Mas, para garantir esses benefícios, é preciso atenção. Afinal, se expor aos raios solares sem proteção pode causar prejuízos. Entre eles, sinais precoces de idade e, principalmente, o aumento em até 10 vezes do risco de câncer de pele

Esse, aliás, é o tumor mais comum entre os brasileiros. Corresponde a mais de 185 mil novos casos a cada ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Isso representa cerca de 30% de todos os tumores malignos no país. Apesar de números tão expressivos, a verdade é que é possível prevenir esse tipo de câncer na maioria das situações. 

“Campanhas alertam sobre a necessidade de se proteger dos raios ultravioletas do sol com protetor solar. E barreiras físicas também, como roupas e chapéus, por exemplo. Mas ainda precisamos superar mitos em relação ao câncer de pele. Como achar que apenas pessoas de pele clara têm risco”, diz o oncologista Bruno Ferrari.

O melhor combate ao problema, assim como outros tumores, entre eles o câncer cervical, é o diagnóstico precoce. Ou seja, atentar para possíveis sinais de alerta. Além disso, o foco na prevenção é essencial. 

 

Tipos de câncer de pele

Câncer de pele
Imagem: reprodução / pinterest

 

Em resumo, existem dois tipos de câncer de pele: o melanoma e o não-melanoma. O não-melanoma é o mais comum. Apresenta lesões na pele com crescimento rápido e feridas que não cicatrizam. Elas podem ainda sangrar, coçar e, algumas vezes, causar dor. Em geral, os sinais surgem em partes do corpo mais expostas ao sol. É o caso de rosto, pescoço e braços, por exemplo.

Por outro lado, o melanoma é pouco incidente. Está por trás de apenas 3% dos tumores de pele. No entanto, é mais agressivo e tem mais chance de evoluir para metástase. Assim, pode atingir outros órgãos e elevar a taxa de letalidade. Seus sintomas são pintas escuras que mudam ao longo do tempo.

Esse tipo de tumor pode aparecer na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. A observação regular do corpo permite identificar novos sinais ou mudanças. Se isso ocorrer, procure o médico. Ele pedirá exames mais complexos para o diagnóstico.

 

Diagnóstico precoce

 

Pessoas com histórico familiar de melanoma ou mais de 50 pintas pelo corpo devem ficar atentas ao risco de câncer de pele. Vale dizer que, na fase inicial, é frequente fazer uma cirurgia para retirar as lesões. Ela é, de fato, capaz de resolver a maioria dos casos.

Entretanto, a depender do subtipo, estágio e extensão da doença, outras condutas podem ser usadas. Em estágios avançados e com metástase, a imunoterapia tem bons resultados. Essa medicação ativa o sistema imune para combater as células malignas. Ademais, para alguns pacientes com melanoma, recomenda-se remédios que inibem a proliferação celular anormal.

 

Prevenção do câncer de pele

Cuidados com o sol
Imagem: reprodução / pinterest

 

“Um dos maiores problemas do câncer de pele é ser negligenciado. Como tende a ser mais curável, as pessoas não tomam providências. E isso é perigoso, pois, muitas vezes, é silencioso. E pode evoluir se não tiver tratamento”, ressalta a dermatologista Simone Stringhini.

Por isso, a prevenção é tão importante. Sendo assim, confira as principais dicas para um contato seguro com o sol.

  • Limite a exposição à radiação ultravioleta, principalmente entre 10h e 16h.
  • Use roupas que ajudam na proteção. Boas opções são, por exemplo, mangas, saias e calças compridas. Cores escuras protegem mais que as claras. Por fim, óculos de sol também são ótimos aliados.

  • Use protetor solar. Isso vale para corpo e rosto, bem como lábios. Escolha um FPS acima de 30. Reaplique o produto de acordo com as instruções da embalagem.

  • Cuidado com o bronzeamento artificial. Os raios UV das câmaras podem, a longo prazo, causar danos e contribuir para o câncer de pele.
  • Faça check-ups com o dermatologista. O ideal é uma visita ao menos uma vez por ano. Ademais, há um autoexame simples para fazer em casa. Trata-se do ABCDE. Para isso, observe os seguintes aspetos em suas pintas e sinais: Assimetria, Bordas, Cor, Diâmetro e Evolução. Isso ajuda a complementar a prevenção do câncer de pele junto ao médico.

  • Não use óleo bronzeador. Esse produto pode, enfim, causar lesões na pele por ter uma proteção muito baixa. 

Fontes
Bruno Ferrari, oncologista. Fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas. Simone Stringhini, dermatologista. Idealizadora do Instituto Lilás.

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