Brasil atinge marca de 400 mil mortes pela covid-19
País registrou 100 óbitos nos últimos 36 dias; Abril já é o mês mais letal da pandemia mesmo antes de ter terminado
O Brasil atingiu nesta quinta-feira (29) a marca de 400 mil mortes pela covid-19. Os dados são do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde).
A primeira morte pela doença no país foi registrada em 17 de março de 2020. Desde então, o Brasil se viu diante de uma escalada da doença, que culminou em variantes, escassez de vacinas e na CPI que investiga a conduta do governo durante a crise sanitária.
Desde o único da pandemia, já são mais de 14,5 milhões casos registrados da doença no país.
400 mil mortes para a covid-19 refletem sucessões de recordes trágicos
Até chegar a triste marca de 400 mil mortes pela covid-19 hoje, o país acompanhou uma sucessão de recordes trágicos. Em 6 de abril deste ano, foram registradas 4.195 mortes – o dia mais letal da pandemia no Brasil. O mês, inclusive, foi o que concentrou maior número de óbitos, mesmo antes de terminar. Até esta quarta-feira, foram mais de 76 mil vidas perdidas para a covid-19 – é o 5º mês consecutivo em que as mortes subiram.
Nos últimos 36 dias, foram registradas 100 mil mortes. Em comparação, as primeiras 100 mil mortes para a doença no Brasil aconteceram ao longo de 149 dias (cerca de 5 meses). O número de óbitos chegou a 200 mil depois de 152 dias e, aos 300 mil, em apenas 76 dias.
Segundo a Associação Nacional dos Registrados de Pessoas Naturais (Arpen), que representa todos os cartórios do país, um a cada cinco óbitos notificados (21,7%) desde março do ano passado é pela covid-19.
Mesmo antes de chegar às 400 mil mortes pela covid-19, o Brasil já é o segundo país em que mais se morre pela doença.
Vacinação lenta
Um fato preocupante é o ritmo lento de vacinação no país . Até o momento, 14% da população tomaram a primeira dose e menos de 7% receberam as duas doses.
Apenas nesta semana, cidades de 18 estados paralisaram a vacinação da 2º dose da CoronaVac por falta do imunizante. A meta estabelecida pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de vacina 1 milhão de pessoas por dia foi alcançada apenas dez vezes desde o início da campanha, em janeiro, segundo informou o consórcio de veículos da imprensa.
Leia também:
Bolsonaro diz que exército pode ir às ruas contra o lockdown