A variante Ômicron é mais letal? O que sabemos sobre o vírus
Mais transmissível? Mais letal? O que se sabe sobre a nova variante?
A vacinação contra o novo coronavírus está avançando praticamente no mundo todo, mas ainda não é hora de relaxar as medidas de segurança. Isso porque, assim como aconteceu anteriormente com a Delta, há uma nova cepa do vírus circulando. A nova variante, denominada Ômicron, que elevou os casos de Covid-19 no sul da África, foi detectada em novembro e considerada “preocupante” pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Mas será que a variante Ômicron é mais letal? O que se sabe até agora sobre ela?
A variante Ômicron é mais letal?
Conforme vêm afirmando cientistas de todo o mundo, ainda é preciso desenvolver mais estudos para saber se a variante Ômicron é mais transmissível ou mais letal que as outras cepas do coronavírus. Isso porque ainda não há casos suficientes para identificar a agressividade dessa cepa, principalmente nos países em que a vacinação ainda não está avançada e nas pessoas consideradas mais vulneráveis, como os idosos e quem tem comorbidades.
O que se sabe é que as novas variantes são a forma encontrada pelo vírus de se multiplicar e sobreviver, mas ainda é cedo para saber quais são os reais efeitos da Ômicron sobre a população mundial. A variante foi considerada preocupante devido às suas mutações, mas só será possível saber se ela é mais letal dentro de algumas semanas. Até lá, as autoridades de saúde sugerem manter os cuidados de prevenção e aguardar novas recomendações da OMS.
Transmissibilidade: de acordo com a OMS, ainda não está claro se a Ômicron é mais transmissível em comparação com outras variantes, incluindo a Delta. O número de pessoas com teste positivo aumentou em áreas da África do Sul afetadas por esta variante, mas estudos epidemiológicos estão em andamento para entender se é por causa do Ômicron ou de outros fatores.
Gravidade da doença: Ainda segundo a Organização de Saúde, não está claro se a infecção com Ômicron causa doença mais grave em comparação com infecções com outras variantes, incluindo Delta. Atualmente, não há informações que sugiram que os sintomas associados ao Ômicron sejam graves. As infecções relatadas inicialmente foram entre estudantes universitários – indivíduos mais jovens que tendem a ter uma doença mais branda. Todas as variantes de COVID-19, incluindo a variante Delta, dominante em todo o mundo, podem causar doença grave ou morte.
Por que a Ômicron é considerada preocupante?
Segundo especialistas, ainda não há dados suficientes para avaliar os riscos reais da cepa descoberta no sul da África. Até o momento, nenhuma morte por infecção da variante foi relatada, mas o aumento de casos nos países africanos coloca as autoridades em estado de alerta. Isso porque ela tem dezenas de mutações genéticas, o que significa que é necessário realizar mais estudos para saber se a variante Ômicron é mais transmissível ou mais letal que as outras.
Segundo a médica sul-africana que descobriu a nova variante, Angelique Coetzee, os sintomas relatados até o momento são leves, porém incomuns. Por isso, ainda de acordo com a especialista, por enquanto não é possível saber se a variante Ômicron é mais agressiva para as pessoas que têm uma condição de saúde mais vulnerável, como os idosos e aqueles que possuem comorbidades, por exemplo, especialmente nos países em que a vacinação ainda não está avançada. Além disso, há uma preocupação da OMS quanto à eficácia das vacinas sobre essa cepa.
Nova cepa já circula em diversos países
Embora a nova cepa tenha sido classificada como preocupante pela OMS, não há motivos para pânico, de acordo com a Dra. Coetzee. Segundo relatos, a variante Ômicron já circula em diversos países além dos que estão no sul da África. Reino Unido, Alemanha, Holanda, Dinamarca, Itália, República Tcheca são alguns que já confirmaram casos de infecção pela Ômicron.
Por outro lado, países como Brasil, Canadá e Estados Unidos impuseram restrições a viajantes vindos dos países sul-africanos. Porém, ainda segundo a médica, é possível que essas infecções tenham passado despercebidas devido à ocorrência de sintomas leves.
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