10 perguntas sobre a vacinação contra COVID-19 no Brasil
Confira as respostas para 10 perguntas sobre a vacinação contra a COVID-19, e o que é verdade e o que é mentira sobre a imunização no Brasil
Muito se fala sobre o início da vacinação contra o coronavírus no Brasil e os imunizantes, que devem ser aprovados pela Anvisa para uso emergencial no próximo domingo (17). Ainda sim, com tanta informação sobre o assunto, é comum se sentir perdido e até desinformado entre fatos e fake news sobre o tema. Enquanto a vacinação ainda não começa, saiba as respostas para as 10 principais perguntas sobre a vacinação contra a COVID-19 no Brasil.
As informações são do G1.
Quando começa a vacinação contra a COVID-19 no Brasil?
Embora o Ministério da Saúde ainda não tenha definido uma data definitiva para o início da campanha de vacinação, prefeitos que participaram de um encontro com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmam que o ministro anunciou que a vacinação deve ser iniciada na próxima quarta-feira (20), em todo país. Pazuello afirma que todos os estados receberão imunizantes e iniciarão a vacinação simultaneamente. O início da vacinação depende da aprovação da Anvisa para o uso emergencial da Coronavac e vacina de Oxford.
Quais são os grupos prioritários para a imunização?
Segundo o plano nacional de imunização do Governo Federal, a campanha prioriza trabalhadores da área da saúde, idosos acima de 60 anos, indígenas, pessoas com comorbidades, professores (do nível básico ao superior), profissionais de forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e comunidades ribeirinhas.
É verdade que o Ministério da Saúde está realizando agendamento para receber a vacina?
Não. O ministério da Saúde afirmou, em nota, que não realiza qualquer agendamento para aplicação de nenhum tipo de vacina, e nem envia códigos via celular para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
É necessária documentação para ser imunizado contra o coronavírus?
O ministério da Saúde afirma que todas as pessoas serão vacinadas, mesmo que não apresentem algum documento. Basta comprovar que pertence ao grupo correspondente à fase da vacinação. No entanto, a Pasta diz que é importante informar o CPF ou apresentar o Cartão Nacional de Saúde, conhecido como Cartão do SUS.
A vacinação contra COVID-19 garante a imunidade contra o coronavírus?
Não. As vacinas garantem totalmente a imunidade contra o vírus e nem a reincidência de infecção, mas diminuem a chance de infecção e gravidade da doença em relação às pessoas que não receberam o imunizante. Desta forma, pessoas vacinadas ainda poderão transmitir o coronavírus. O uso da máscara ainda será fundamental após a vacinação.
Especialistas ainda ressaltam que nenhuma vacina é 100% eficaz, e a proteção coletiva só é possível quando a maior parte da população é imunizada. Quanto mais pessoas imunizadas, menor será a circulação do vírus e o risco para quem não foi vacinado ainda.
A vacina contra COVID-19 terá custos?
Não. A vacina será disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, o SUS.
Quanto tempo leva para a imunização da vacina começar a agir?
É importante saber que o nosso organismo não gera resposta imune imediata, mesmo após duas doses da vacina. A proteção se dá um tempo após a aplicação da segunda dose, e esse tempo varia de acordo com cada vacina. Na maioria delas, costuma a acontecer a partir de dez ou vinte dias após a segunda dose.
Posso ser infectado pelo coronavírus ao tomar a vacina contra COVID-19?
Não. Nenhuma das vacinas em testes contém o vírus vivo. Os imunizantes contra a COVID-19 são “vacinas mortas”, ou seja, inativadas. Desta forma, é impossível ser infectado ao se vacinar.
A vacinação contra COVID-19 será obrigatória?
Na prática, vacinas no Brasil já são consideradas obrigatórias, uma vez que em diversos estados e cidades, quem quiser matricular filhos em colégios deve apresentar a caderneta de vacinação com todas as vacinas em dia. A apresentação da caderneta também é uma condição necessária para disputar cargos públicos e se inscrever em programas sociais como o Bolsa Família.
Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal autorizou a aplicação de medidas restritivas para quem se recusar a se vacinar contra a COVID-19. Entende-se que essas medidas são necessárias para que a saúde coletiva não seja prejudicada pela decisão individual.
Se não sou grupo de risco, poderei comprar a vacina contra COVID-19 em uma clínica particular?
Ainda não há previsão de quando as vacinas contra a COVID-19 poderão ser adquiridas por clínicas particulares no Brasil. A orientação dos órgãos de saúde nacionais e internacionais é que todas as doses produzidas neste primeiro momento sejam direcionadas aos governos, a fim de garantir que pessoas dos grupos de risco sejam imunizadas o mais rápido o possível.