Voto impresso: como funciona a proposta polêmica de Bolsonaro
Se aprovado, o voto impresso não será igual às cédulas de papel depositadas em urnas como no passado
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seus apoiadores tem defendido o voto impresso já a partir das próximas eleições, em 2022. O pleito vai eleger governadores, deputados estaduais e federais, e o 39º Presidente da República.
Bolsonaro tem defendido que o voto impresso traria maior confiabilidade ao processo eleitoral ao contrário da urna eletrônica. A defesa do mandatário, no entanto, tem dividido opiniões já que após 25 anos o sistema eleitoral nunca apresentou fraude.
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Voto impresso: como funciona?
Hoje para votar em qualquer eleição no Brasil é necessário digitar na urna eletrônica o número do seu candidato. Depois de digitado, o monitor da urna informa a foto e o nome do candidato para que o eleitor possa confirmar se os dados estão corretos.
Se o projeto que tramita na Câmara Federal for aprovado e transformado em lei, o voto impresso não será igual às cédulas de papel depositadas em urnas como no passado.
A proposta que está sendo discutida é a seguinte: depois de confirmar o candidato na urna eletrônica, o próprio sistema vai imprimir o registro do voto e depositar, de forma automática, em uma urna lacrada.
Como funciona o voto impresso que Bolsonaro defende?
Nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem cada levantado cada vez mais a bandeira pelo voto impresso. Em lives e manifestos, o presidente reforça que o voto impresso seria traria mais confiabilidade às eleições.
Na forma defendida pelo presidente, os números que cada eleitor digita na urna eletrônica seriam impressos e depositados, de forma automática, em uma urna de acrílico.
A ideia de Bolsonaro é que, em caso de suspeita de fraude no sistema eletrônico, os votos em papel possam ser apurados manualmente.
Em resumo, o presidente insiste que desta forma o voto poderia ser auditável, já que seria feita uma auditoria na contagem dos votos impressos.
O que é a PEC do voto impresso?
Na tentativa de mudar o sistema eleitoral em vigência, tramita na Câmara Federal a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 135/2019 que prevê estabelecer o voto impresso nas eleições brasileiras.
A justificativa para a PEC é que desta forma os votos poderiam ser auditados e assim evitaria fraudes.
O voto impresso não tiraria a urna eletrônica, mas, segundo a proposta, a ideia é que o eleitor possa conferir se o voto digitado na máquina foi mesmo para aquele candidato.
O principal ponto contrário ao voto impresso e que tem sido argumento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é que o voto pode deixar de ser secreto.
Caso ocorra um erro na urna eletrônica e seja necessária a intervenção nos votos impressos, isso daria margem para que o voto deixasse de ser secreto.
No entanto, é importante citar que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral faz a própria auditoria das urnas de forma eletrônica.
O TSE tem refutado todas as acusações de vulnerabilidade da urna eletrônica, e garante que o sistema utiliza o que há de mais moderno em tecnologia para garantir “a integridade, a confiabilidade, a transparência e a autenticidade do processo eleitoral”.
Fora que para imprimir o voto seria preciso comprar novas urnas eletrônicas, o que geraria um gasto de mais ou menos R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos.
Já foi comprovada alguma fraude na urna eletrônica no Brasil?
Apesar das polêmicas em torno do uso da urna eletrônica, até o momento não houve nenhuma prova de fraudes no sistema eleitoral brasileiro.
A urna eletrônica foi adotada em 1996 e desde então esteve em 13 eleições gerais e municipais, sem qualquer vestígio ou comprovação de fraude, segundo sustenta o TSE.
Se a proposta for aprovada, o voto impresso já vale para as eleições de 2022?
Ainda não se pode garantir nada, até porque a PEC não avançou na Câmara Federal para votação. Mas, caso seja aprovada, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) terá de acatar e implantar o sistema a partir das eleições de 2022.
No entanto, vale lembrar o que vem sendo dito pelo TSE, de que não será fácil adotar o voto impresso.
“Se passar, teremos de fazer uma licitação para comprar as urnas. Não é procedimento banal, não é fácil. O tribunal tem boa fé e vai tentar cumprir, se for essa decisão, que eu torço para que não venha, mas, se vier, vamos tentar cumprir (em 2022)”, manifestou o presidente do Tribunal, o ministro Luís Barroso.
Adotar uma votação impressa traria um gasto de R$ 2,5 bilhões ao Governo Federal. Isso porque seria preciso adquirir novas urnas que fizessem a impressão do comprovante físico.
Ou seja, todos os equipamentos do País teriam de ser trocados.
O voto impresso é um risco para as eleições do Brasil?
De certa forma, o voto impresso apresenta sim um risco para as eleições, porque pode aumentar a possibilidade de fraude.
O próprio TSE vem sustentando que o voto impresso pode apresentar desde defeitos na impressão dos comprovantes até novos problemas envolvendo a segurança da armazenagem e o transporte das urnas com as cédulas.
Hoje com a rapidez com que o resultado final de uma eleição é divulgado também seria afetado.
Como no voto impresso podem ser feitos pedidos de recontagem, o Brasil voltaria ao passado e levaria dias para anunciar o candidato eleito.
Mesmo com as urnas eletrônicas, o Brasil já teve voto impresso?
Em 25 anos de uso da urna eletrônica, esta não é a primeira vez que políticos tentam aprovar a lei do voto impresso. O Congresso Nacional aprovou, ao longo destes 25 anos, três leis que tornaram obrigatória a impressão dos votos digitados no aparelho, segundo o site Agência Senado. No entanto, todas elas foram derrubadas.
A primeira lei foi aprovada em 2002 e chegou a funcionar em 150 cidades com um resultado desastroso. Paralelo ao voto eletrônico, a Justiça Eleitoral determinou também o voto impresso e o que se viu foram filas absurdas e um tempo muito superior à média na fila.
Isso porque foi necessário conferir o papel emitido após o voto. Uma das seções eleitorais que tiveram o voto impresso só terminou as eleições de madrugada.
No Rio de Janeiro, mais da metade dos eleitores foram embora sem sequer olhar o voto impresso. Fora que muitas urnas também estragaram.
As demais leis de voto impresso surgiram em 2009 e 2015, mas foram derrubadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), sob a justificativa de que a impressão do voto eletrônico era inconstitucional, pois colocaria em risco o sigilo do voto.
Eu Sou há favor do voto impresso e alditavel 👏🏻👏🏻👏🏻👍🏻👍🏻👍🏻👍🏻👍🏼👍🏼👍🏼👍🏼🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷tmj bolsonaro👍🏻
Eu sou há favor do voto impresso e alditavel 💚💚🇧🇷🇧🇷🇧🇷
só doido pra defender bolsonaro
Sou contra, se a urna é fraudulenta, o voto impresso também é, tendo vista que do jeito que o presidente quer, a urna imprime o voto e deposita automaticamente em outra urna, ou seja, o eleitor não audita o voto, somente pessoas que os partidos políticos indicarem para fazer a remontagem dos votos…. alguém aqui confia nessas pessoas? Eu não! Se o.presidente desconfia tanto das urnas eletrônicas, porque ele não contestou sua própria eleição? Estranho né?
Mas aí amigo , é uma questão de inteligencia, o voto impresso é justamente pra quebrar a narrativa de fraude.. se tem fraude, com o voto impresso não terá, se não tem fraude, continuara sem ter… voce é contra a transparencia? O presidente não contestou a propria eleição , porque ele ganhou , embora fosse pra ganhar no primeiro turno , mesmo que com uma diferença abissal nas pesquisas….
você leu o texto?
‘O voto impresso é um risco para as eleições do Brasil?’
De certa forma, o voto impresso apresenta sim um risco para as eleições, porque pode aumentar a possibilidade de fraude.
O cara não sabe nem escrever e quer Vito auditável…
Kkkk o cara tá acabando com o país, não sabe nem colocar uma proposta sem ofender o outro… parabéns pra quem defende, levem pra sua casa, só não devolvam…
Sem contar que será uma fortuna para os cofres público..essa invenção desse projeto de presidente.seria melhor investir em várias coisas mais úteis.