TSE suspende condenação e Marcelo Crivella pode disputar reeleição no Rio
Decisão do ministro do TSE Mauro Campbell é provisória e derruba condenação do TRE sobre abuso de poder político; Crivella diz que “fez-se Justiça”
O ministro Mauro Campbell, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), concedeu liminar favorável ao prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. A decisão é provisória, mas suspende a inelegibilidade do candidato à reeleição.
O que houve?
No fim de setembro, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) entendeu que houve abuso de poder político em um evento da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb). Nesta ocasião, o filho do prefeito, Marcelo Hodge Crivella, foi apresentado como pré-candidato a deputado.
A defesa de Marcelo Crivella, então, recorreu ao TSE. Assim, o ministro Mauro Campbell acatou o pedido afirmando que a pena de inelegibilidade é “personalíssima”. Sendo assim, é preciso que haja “provas robustas” da irregularidade.
Diante disso, o ministro não encontrou indícios que incriminem o prefeito. “E escreveu que não bastam “meras ilações decorrentes de apoios a correligionários”.
Resposta de Marcelo Crivella
Em nota, Marcelo Crivella disse que a decisão do TSE “fez Justiça” e que não houve abuso de poder no evento da Comlurb, já que o filho dele perdeu a eleição.
Segundo o candidato à reeleição, há dois anos foi a uma reunião de seu filho, com 50 pessoas. Marcelo Crivella lembra que foi investigado pela CPI da Câmara e foi inocentado.
“Mas tinha me dado uma inegibilidade. Uma medida pesada, dura, duríssima, só por ir a uma reunião. Meu filho perdeu a eleição. Qual o abuso de poder político se o candidato perdeu? Então não prova, não tem gravidade, não tem escala”, acrescentou Crivella.
Corrida eleitoral
Na última quinta-feira, dia 8 de outubro, pesquisa Datafolha apontou que Marcelo Crivella segue na segunda posição na preferência do eleitor da capital carioca:
- Eduardo Paes (DEM): 30%
- Marcelo Crivella (Republicanos): 14%
- Martha Rocha (PDT): 10%
- Benedita da Silva (PT): 8%
- Renata Souza (PSOL): 3%
- Bandeira de Mello (Rede): 3%
- Cyro Garcia (PSTU): 2%
- Clarissa Garotinho (Pros): 1%
- Fred Luz (Novo): 1%
- Luiz Lima (PSL): 1%
- Paulo Messina (MDB): 1%
- Nenhum/branco/nulo: 22%
- Não sabe/Não respondeu: 3%
- Henrique Simonard (PCO), Glória Heloiza (PSC), Suêd Haidar (PMB) tiveram menos de 1%.
A pesquisa tem margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Foram ouvidos 900 eleitores da cidade do Rio de Janeiro entre os dias 5 e 6 de outubro.
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O número de identificação na Justiça Eleitoral é RJ-09140/2020. A pesquisa tem nível de confiança de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro.