Saiba quem são os candidatos que disputam pela presidência do Senado 2023
Rodrigo Pacheco (atual presidente do Senado) e Rogério Marinho são os favoritos; senador Eduardo Girão também está no páreo
A eleição para presidente do Senado no Brasil acontece nesta quarta-feira, dia 1º de fevereiro, e promete ser um dos momentos mais importantes do ano para a política nacional. O novo líder será eleito por meio de uma votação secreta, junto com os nomes que vão compor a Mesa Diretora, responsável pelas tarefas administrativas no Parlamento.
A eleição para a presidência da Casa pode ter até dois turnos e, para um parlamentar ser considerado vencedor, precisa conseguir a maioria absoluta dos votos da composição do Senado (ou seja, mínimo, 41).
Conheça os candidatos à presidência do Senado 2023
Ao todo, três senadores estão concorrendo para o cargo de presidência da Casa: Rodrigo Pacheco (PSD – Minas Gerais), Rogério Marinho (PL – Rio Grande do Norte) e Eduardo Girão (Pode – Ceará). Confira abaixo quem são cada um deles.
Rodrigo Pacheco (PSD – MG)
Pacheco é o atual presidente do Senado, eleito em 2021, e está em seu primeiro mandato como senador da República. Durante sua primeira eleição, recebeu o apoio de Davi Alcolumbre (União-AP), que ocupava a presidência da Casa anteriormente.
Antes de se tornar senador, Pacheco foi eleito deputado federal pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) em 2014. Durante sua passagem pela Câmara dos Deputados, presidiu a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), liderou o colegiado durante a análise de denúncias contra o ex-presidente Michel Temer (MDB) e foi um dos votos a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Pacheco dialogou com Jair Bolsonaro (PL) durante os anos do governo do ex-presidente e, posteriormente, à luz dos atos golpistas que tiveram seu ápice no dia 8 de janeiro de 2023, o atual presidente do Senado colocou-se à favor das instituições democráticas e do resultado obtido nas urnas no final de 2022.
No momento, 12 congressistas (9 do PT e 3 do PDT) confirmaram que apoiam a reeleição do presidente do Senado. A aliança também é formada com parlamentares dos partidos MDB, PSB, Rede e Cidadania, representados por 10, 2, 1 e 1 congressistas, respectivamente. É estimado que Pacheco conte com cerca de 50 a 55 votos durante a eleição.
Sua formação é em Direito, sendo advogado criminalista e tendo ocupado cargos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Pacheco tem 46 anos atualmente e, embora seja natural da cidade de Porto Velho, no estado de Rondônia, mudou-se ainda criança para Minas Gerais, se formando pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-MG).
Rogério Marinho (PL – RN)
Marinho tem 58 anos e alcançou notoriedade nacional quando ocupou o cargo de ministro do Desenvolvimento Regional entre 2020 e 2022, junto ao governo Jair Bolsonaro (2018 – 2022). Antes disso, foi secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia durante a gestão anterior, de Michel Temer (MDB). Em seu currículo, conta com três mandatos de deputado federal pelo Rio Grande do Norte.
Na última eleição nacional, em 2022, Marinho foi eleito para um mandato de 8 anos como senador. Já na eleição do Senado, faz oposição a Rodrigo Pacheco e tem amplo apoio dos parlamentares bolsonaristas.
Em entrevista divulgada pela revista Veja nesta última segunda-feira, dia 30 de janeiro, Marinho afirmou que, caso eleito, vai considerar as pautas levadas ao Senado pelo atual governo, presidido por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, também afirmou que pretende defender o legado “virtuoso” do governo anterior. “[Lula] não pode jogar contra um legado virtuoso como o promovido pelo presidente Bolsonaro. […] É um legado virtuoso e é importante que ele seja defendido.”
Até agora, 13 parlamentares do PL, 6 do PP e 4 do Republicanos constituíram um bloco de apoio à Marinho, concentrando 23 votos. Como a votação é secreta, há também a possibilidade de “traições” dentro das bancadas, ou seja, que Marinho consiga votos a mais entre congressistas de partidos que declararam apoio à Pacheco, como MDB, PSD e União.
Eduardo Girão (Pode – CE)
O candidato foi um dos parlamentares que defendeu o governo Bolsonaro durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. Reconhecidamente conservador, Girão foi eleito para senador, pela primeira vez, em 2018. Ele se definiu como um candidato independente e afirmou que, se a eleição para a presidência do Senado for para o segundo turno, irá votar em Rogério Marinho.
De acordo com a Agência Senado, ao formalizar sua candidatura, Girão disse que gostaria de oferecer “uma alternativa que visa principalmente restabelecer o equilíbrio, a independência e a harmonia entre os três Poderes da República”.
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