Saiba quem é Marcelo Queiroga, novo ministro da Saúde
É oficial: o médico cardiologista Marcelo Queiroga é o próximo a assumir o Ministério da Saúde. Ele é o quarto ministro da pasta só no governo de Jair Bolsonaro.
Já está definido que assumirá o lugar do general Eduardo Pazuello como ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro. O médico Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, aceitou o convite do presidente para assumir a pasta. A informação foi confirmada pelo governo nesta noite de segunda-feira, 15 de março.
Segundo Bolsonaro, a conversa com o novo ministro foi “excelente”. A declaração foi dada à imprensa que estava na porta do Palácio do Planalto. “Já o conhecia há alguns anos. Tem tudo para fazer um bom trabalho, dando continuidade em tudo o que Pazuello fez até hoje”, afirmou o presidente, que também ressaltou: “Essa política de vacinação em massa continuará em todo o Brasil.”
Quem é Marcelo Queiroga?
Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga nasceu em João Pessoa, e é formado em medicina pela Universidade Federal da Paraíba em 1988. Especializado em cardiologia, Queiroga será o quarto ministro da Saúde a assumir a pasta desde o início da pandemia da Covid-19.
Ligado a Bolsonaro, ele é declaradamente a favor do atual governo, Marcelo Queiroga chegou a ser indicado pelo presidente para ocupar a direção Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A indicação foi feita em dezembro de 2020, mas ainda não foi aprovada pelo Senado Federal.
Marcelo Queiroga assumiu a presidência da Sociedade Brasileira de Cardiologia no dia 13 de dezembro de 2019, no Rio de Janeiro, sede da Academia Nacional de Medicina. Antes disso, o médico era responsável pelo Departamento de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista do Hospital Alberto Urquiza Wanderley, em João Pessoa.
Em sua trajetória como cardiologista, Queiroga fez residência no Hospital Adventista Silvestre, no Rio, treinamento em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Ele também sempre atuou na Associação Médica Brasileira, onde teve cargos importantes como o de presidente da Regional da Paraíba nos anos de 1998 e 1999.
O médico cardiologista assume a pasta do Ministério da Saúde em um momento crítico da pandemia no Brasil, em que o país já acumula mais de 278 mil mortes em razão da Covid, segundo dados divulgados pelo consórcio de imprensa. Por seu histórico, o novo ministro deve dialogar com as ideias do governo de Bolsonaro.
Marcelo Queiroga foi 2º opção de Bolsonaro
Antes de Marcelo Queiroga aceitar o convite de Jair Bolsonaro, a médica goiana Ludhmila Abrahão Hajjar, especialista em clínica médica, foi a primeira opção do presidente. No entanto, Ludhmila não aceitou o convite e alegou “motivos técnicos”. Mas segundo foi divulgado pelo site Poder360, a médica não concordava com vários critérios impostos por Bolsonaro, como, por exemplo, a indicação do uso de cloroquina e ir contra as medidas restritivas para conter a disseminação da Covid-19.
Declaradamente contra o discurso negacionista, Ludhmila Hajjar, também foi questionada sobre outros assuntos que não desrespeitam à saúde. Entre eles seria o porte de armar e a legalização do aborto, temas considerados importantes para o governo de Bolsonaro. Quem esteve presente na reunião foi Eduardo Bolsonaro, deputado federal do PSL e filho do presidente, Eduardo Pazuello e o próprio presidente Bolsonaro.
Ainda de acordo com o Poder360, Jair Bolsonaro teria dito à cardiologista: “Você não vai fazer lockdown no Nordeste para me foder e eu depois perder a eleição, né?”. Nesta segunda-feira (15/03) Ludhmila Hajjar confirmou o convite do presidente em entrevista à CNN Brasil e TV Globo, e oficializou dizendo que não aceitou assumir o Ministério da Saúde.
O nome do médico Marcelo Queiroga, no entanto, estava sendo especulado pela mídia. Outro nome que estava na lista de Bolsonaro era o deputado Dr. Luizinho (PP-RJ).
Saída de Pazuello não foi decisão pessoal
O general Eduardo Pazuello ficou apenas 10 meses na frente do ministério da Saúde. Seu desligamento foi confirmado nesta segunda-feira, 15 de março, e antes do seu pronunciamento em coletiva de imprensa, estava sendo especulado que Pazuello teria pedido para deixar o ministério. Entretanto, ele mesmo negou a informação e declarou que a decisão foi de Bolsonaro.
Pazuello reforçou que não estava doente e que não tinha pedido para deixar o cargo. No entanto, aceitou bem a decisão do presidente. Ele chegou a comentar sobre seu encontro com Ludhmila Hajjar, mas não falou sobre Marcelo Queiroga.
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