Entenda a ligação de Eduardo Bolsonaro a invasão do Capitólio nos EUA
O deputado do PSL, Eduardo Bolsonaro, esteve em Washington, nos EUA, no dia da invasão ao Capitólio em janeiro de 2021.
O nome do deputado federal Eduardo Bolsonaro, o filho 03 do presidente Jair Bolsonaro, apareceu em uma reportagem americana relacionada a invasão ao Capitólio dos Estados Unidos, que aconteceu em 5 de janeiro de 2021.
De acordo com a investigação do advogado e colunista norte-americana Seth Abramson, publicada no site Proof no último sábado, 6 de março, a matéria mostrou nomes que participaram de uma suposta reunião pró-Donald Trump um dia antes da invasão ao Capitólio dos EUA.
Eduardo Bolsonaro teve ligação com a invasão ao Capitólio dos EUA?
Segundo apontou a reportagem investigativa de Seth Abramson, o deputado Eduardo Bolsonaro teve conexão com o ataque que aconteceu nos EUA no dia 6 de janeiro. Além dele, outras 22 influências tiveram seus nomes ligados na reunião que coincidentemente aconteceu um dia antes da invasão do Capitólio, no dia 5 de janeiro.
O encontro “clandestino” ocorreu em uma ala residencial privada da família Trump no Trump International Hotel, na avenida Pennsylvania, em Washington. A reunião chegou até a ganhar um apelido pela imprensa norte-americana, que definiu o encontro como “conselho de guerra”.
Um dia antes da suposta reunião, a jornalista da GloboNews, Raquel Krähenbühl, flagrou Eduardo Bolsonaro na Casa Branca dos EUA. Ele estava acompanhada da esposa, filha e Nestor Foster, embaixador do Brasil nos EUA. A repórter chegou a publicar um vídeo em que Eduardo Bolsonaro aparece, com a filha no colo, em frente à Casa Branca.
Já no dia da invasão, Eduardo Bolsonaro postou uma foto em seu Twitter, ao lado do empresário norte-americano e pró-Trump, Mike Lindell, que também teve seu nome citado na lista de presença da reunião “conselho de guerra”. Como se não bastasse, Lindell também realizou uma live no dia 6 de janeiro, em que afirmou que esteve com “o filho do presidente do Brasil” na noite anterior.
Além de Eduardo Bolsonaro, outros 22 nomes marcaram presença no encontro que antecedeu a invasão no Congresso dos EUA, em Washington. Entre eles, estão os filhos do ex-presidente americano, Donald Trump Jr. e Eric Trump, e empresários como Daniel Beck, Mike Lindell, e políticos; Michael Flynn, ex-Conselheiro de Segurança Nacional, Rudy Giuliani, advogado de Trump e ex-prefeito de Nova York, Corey Lewandowski, membro do Conselho de Negócios de Defesa.
Segundo informações da revista Fórum, a bancada do PT no Senado deve apresentar na segunda-feira, 8 de março, um requerimento de informações para a embaixada Brasileira em Washington sobre o assunto. O texto será assinado pelo senador Jaques Wagner.
Invasão ao Capitólio: o que aconteceu?
(Foto: Reprodução/Twitter)A vitória de Joe Biden (Democrata) na disputa eleitoral dos EUA em 2020, não foi muito bem aceita pelos apoiadores de Donald Trump (Republicanos), que tentou a reeleição à presidência. No dia 6 de janeiro de 2021, um grupo pró-Trump invadiu o Capitólio, sede do Congresso dos EUA, em Washington. A invasão ocorreu durante a contagem oficial dos votos do Colégio Eleitoral para as eleições presidenciais.
O ato de vandalismo dos manifestantes que protestavam contra o resultado democrático da vitória de Biden, foi visto como uma tentativa de golpe pela mídia americana. Na ocasião, a polícia local conteve a situação, mas emitiu um alerta: “Dada uma ameaça interna no prédio, se abrigue no escritório mais próximo e fique quieto”.
Após a mensagem da polícia, foi decretado um toque de recolher a partir das 18h na capital americana. Os manifestantes lutaram com os oficiais e gritavam a palavra “traidores”.
O BRASIL NUNCA ESTEVE TÃO MAL CONDUZIDO.