VÍDEO: Ciro Gomes declara apoio a Lula no segundo turno das eleições 2022

O ex-candidato à presidência pelo PDT afirmou que vai endossar a posição de seu partido no segundo turno.

Um dos nomes mais esperados para declarar sua posição no segundo turno, Ciro Gomes declara apoio a Lula em vídeo publicado em suas redes sociais na terça-feira, 4. O candidato à presidência pelo PDT no primeiro turno afirmou que acompanha a decisão de seu partido em apoiar o PT no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL).

Embora Ciro não tenha citado Lula em sua fala, ficou subentendido que seu apoio vai para o petista, já que esta foi a decisão tomada por sua sigla. Com a segunda etapa das eleições, o candidato do PT busca aliados para fazer frente contra Bolsonaro no dia 30 de outubro. A posição de Ciro, que teve 3% dos votos no domingo (2), pode ser decisiva para a transferência de seus votos a Lula nesse segundo turno.

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Ciro Gomes declara apoio a Lula

Após o PDT decidir, em reunião na terça-feira (4), que apoiaria o candidato Lula (PT) no segundo turno eleitoral de 2022, Ciro Gomes (PDT) confirmou que endossa a decisão. Ciro gravou um vídeo afirmando que apoia a escolha de seu partido e que o apoio ao PT nessa etapa da eleição foi decidido de forma unânime entre os membros da legenda.

Em seu pronunciamento, o candidato do primeiro turno afirma que esta é a última saída para as eleições de 2022 e que acha que Lula e Bolsonaro são opções insatisfatórias aos brasileiros. “Frente às circunstâncias, é a última saída”., argumenta Ciro.

O pedetista ainda garantiu, em seu vídeo, que não vai assumir nenhum cargo político em qualquer governo que vença as eleições 2022.

“Adianto que não pleiteio e nem aceitarei qualquer cargo em eventual futuro governo. Quero estar livre, ao lado da sociedade e, em especial, da juventude, lutando por transformações profundas (…)”, completa. O político ainda finaliza dizendo que vai fiscalizar e acompanhar as ações da próxima gestão, que se inicia em 2023.

Confira a fala de Ciro na íntegra:

“Meus amigos e minhas amigas, acabamos de realizar uma reunião da executiva nacional ampliada do PDT, em que, por unanimidade, nós tomamos uma decisão. E eu gravo esse vídeo para dizer que acompanho a decisão do meu partido, PDT. Frente às circunstancias, é a última saída. Lamento que a briga democrática tenha se afunilado a tal ponto que reste para o brasileiro duas opções, a meu ver, insatisfatórias. Não acredito que a democracia esteja em risco nesse embate eleitoral, mas sim, no seu absoluto fracasso da nossa democracia em construir um ambiente de oportunidades, que enfrente a mais massiva crise social e econômica que humilha a esmagadora maioria do nosso povo. Ao contrário da campanha violenta da qual fui vítima, nunca me ausentei ou me ausentarei da luta pelo Brasil. Sempre me posicionei e me posicionarei na defesa do país contra projetos de poder que levaram o país a essa situação grave e ameaçadora. Espero que essa decisão ajude a oxigenar temporariamente que seja a nossa democracia. Mas se não houver a busca efetiva de novos ares, de novos instrumentos, estaremos à mercê de um respirador artificial frágil e precário, limitadíssimo no tempo e no espaço. Pelo Brasil, minha luta e do PDT seguirão sempre firmes. Não aceitaremos imposições ou cabrestos de quem quer que seja. Adianto que não pleiteio e nem aceitarei qualquer cargo em eventual futuro governo. Quero estar livre ao lado da sociedade, em especial, da juventude, lutando por transformações profundas, como as que propusemos durante nossa campanha. E ao povo brasileiro, me dirijo, fiquem certos de que, como sempre fiz, vou fiscalizar, acompanhar e denunciar qualquer desvio do governo que assumirá em janeiro, assim como vou seguir estudando e apresentando ideias para recuperar nosso país.”, disse Ciro em seu vídeo de cerca de dois minutos.

Confira o vídeo:

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Pronunciamento – “Gravo este vídeo para dizer que acompanho a decisão do meu partido, o PDT”.

Ciro nas eleições 2022

Ciro Gomes (PDT) se candidatou à presidência da República mais uma vez esse ano. Contudo, o pedetista optou por uma campanha isolada dos demais participantes, se afirmando como uma opção fora da polarização entre Lula e Bolsonaro. O então candidato, durante seu período eleitoral, fez duras críticas aos seus adversários mais bem posicionados.

Ao final do primeiro turno, Ciro foi o quarto nome mais votado entre os brasileiros, ficando com 3.599.287 votos ou 3%. Pouco a sua frente, Simone Tebet (MDB) teve 4% dos votos (4.915.306). Os candidatos mais votados foram Lula (PT) com 48% (57.259.504) votos válidos e Bolsonaro (PL) que somou 43,2% (51.072.345) dos votos.

Divergências com Lula

Além das críticas feitas a Lula durante sua campanha, Ciro Gomes afirmou que jamais apoiaria o PT na eleição. No dia 1° de outubro, véspera do primeiro turno, o então candidato afirmou, em carreata em Fortaleza, que só daria apoio ao Partido dos Trabalhadores “em outra encarnação”.

No domingo (2), Ciro se pronunciou dizendo que estava preocupado com o país e que o Brasil se encontrava em uma situação ameaçadora. O então candidato pediu mais tempo para tomar sua posição em relação ao segundo turno.

A candidata Simone Tebet (MDB) também alegou, na noite de domingo (2), que iria se pronunciar mais tarde e, até o momento, ainda não disse para quem vai seu apoio nesta etapa. Os partidos PDT, Cidadania, PCO e PCB declaram apoio a Lula no segundo turno.

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