Ricardo Nunes: saiba quem é o vice de Bruno Covas
Filiado ao MDB desde quando tirou o título de eleitor, o empresário foi eleito vereador em 2012, e reeleito em 2016.
Ricardo Nunes (MDB) é o vice-prefeito de Bruno Covas (PSDB), prefeito de São Paulo. Conheça mais sobre a atuação e vida do político.
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Quem é Ricardo Nunes
De acordo com as informações Câmara Municipal de São Paulo, Ricardo Nunes iniciou sua carreira profissional como empreendedor, ainda jovem fundou o jornal de bairro “Hora de Ação” e depois, em 1997, a empresa Nikkey Serviços. Após filiar-se ao PMDB (antigo nome do partido MDB) – assim que tirou o título de eleitor -, foi presidente da Associação Empresarial Região Sul (AESUL) e fundou a Associação das Empresas Controladoras de Pragas do Estado de São Paulo (ADESP).
Em 2012, foi eleito vereador de São Paulo com cerca de 33 mil votos, reeleito em 2016, com mais de 50 mil votos. Até o momento, teve 56 projetos de lei aprovados durante seu mandado na Câmara Municipal, e 31 vetados. Nunes é um conservador da bancada religiosa da Câmara Municipal e nunca disputou cargos no executivo antes. Em setembro deste ano, no início da campanha eleitoral, o PSDB anunciou que o emedebista estaria na chapa de Bruno Covas como seu vice-prefeito.
A relação Covas e Nunes é recente e, ao que tudo indica, seria uma estratégia de aliança entre os dois partidos, uma vez que o vereador não possui um nome altamente conhecido, como outras figuras que foram cogitadas a vice-prefeito do tucano – apresentador José Luiz Datena (MDB), a senadora Marta Suplicy (Solidariedade), Ricardo Tripoli (secretário especial de Covas), e o presidente da Câmara dos Vereadores, Eduardo Tuma (PSDB).
A chapa busca, principalmente, promover a história de Nunes como empresário que começou de baixo e fundou uma das maiores empresas no ramo, além de sua imagem conservadora e religiosa, pai de família e aquele que começou sua carreira política jovem e prosperou. Em comparação aos concorrentes Boulos e Erundina (PSOL), que dão protagonismo à vice muitas vezes, Nunes teve menos aparições na campanha de Covas.
Investigações e acusações sobre Ricardo Nunes
Em 2011, Nunes foi acusado de violência doméstica por sua esposa, Regina Carnovale. Segundo informações da Folha de S. Paulo, a vítima relatava no B.O que o marido não a deixava em paz, após a separação do casal. Ainda, foram feitas publicações nas redes sociais de Renata, em que ela alegava ter provas de que era agredida e do mau caráter de Nunes.
A acusação não chegou a virar processo e, em nota à Folha, o vereador alegou que “no período ela estava emocionalmente abalada, e sem controle das ações e sentimentos, o que a levou falar coisas que não aconteceram. Ela, aqui do meu lado, diz que nunca foi agredida seja verbal ou fisicamente por mim”.
Outro escândalo com o nome do candidato, envolve creches conveniadas à Prefeitura. As unidades em questão são controladas pela Associação Amigos da Criança e do Adolescente (Acria) que, por sua vez, tem Eliana Targino como presidente, que já foi funcionária do parlamentar, e José Cleanto Martins, o vice-presidente e pai de uma assessora do vereador. Ou seja, aliados políticos do candidato a vice de Covas.
A empresa de Nunes, Nikkey Serviços, teria recebido cerca de R$ 50 mil destas creches com convênio municipal, em razão da prestação de serviços sem licitação, em 2019. A Bancada Feminista do PSOL protocolou uma representação no Ministério Público Estadual solicitando a investigação de possíveis benefícios a Ricardo Nunes na “máfia das creches”. O candidato tem um patrimônio de R$ 4,8 milhões declarados à Justiça Eleitoral.