Hacker no TSE? Entenda o ataque que ocorreu durante as eleições
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) admitiu esta semana que o órgão sofreu um ataque de hackers.
“Hacker” é uma invasão ou tentativa de acesso indevido a sistemas eletrônicos. No domingo (15), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou que houve uma tentativa de atrapalhar a apuração das eleições. De qualquer forma, o ataque não atingiu as urnas eletrônicas, que funcionam sem conexão com a internet. No entanto, os usuários do aplicativo e-Título ficaram sem acesso ao sistema durante todo o dia. Nesse sentido, uma das funcionalidades do aplicativo é a justificativa de ausência no primeiro turno das eleições.
Houve ataque nas eleições?
Sim, o TSE afirmou que houve um ataque conhecido como DDoS, além de um furto de dados. Entretanto, o órgão afirma que nenhum dos incidentes colocou em risco a segurança dos votos ou identificação dos eleitores.
Segundo o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, o objetivo do hacker desta semana era derrubar os sistemas eletrônicos utilizados nas eleições. Este ataque é conhecido por “ataque distribuído para negar serviço”, e visa impedir a vítima de acessar a internet.
Deste modo, é muito provável que o acesso ao aplicativo e-Título pelos usuários tenha sido afetado pelo hack.
Urnas eletrônicas sofreram hack?
Não. Primeiramente, as urnas eletrônicas não possuem nenhuma conexão com a internet. Assim como explicamos na semana passada, os dispositivos possuem uma arquitetura fechada, assegurada por um código verificador.
Dessa maneira, mesmo se alguém obtiver acesso físico às urnas, não é possível alterar os dados de candidatos, dos votos, ou até mesmo o boletim com os resultados.
Já a transmissão dos dados de votação é feita através de uma rede privativa do TSE. Nesse sentido, existem protocolos de segurança que validam a origem das informações.
Dados do TSE tiveram vazamento no passado
A Polícia Federal confirmou um ataque aos servidores do TSE nos meses de setembro e outubro. Inicialmente descobriram o vazamento de documentos antigos, porém agora confirmaram que dados atuais e sigilosos.
Em suma, o atraso na contabilização dos resultados eleitorais não possui nenhuma relação com este hack do mês anterior. Barroso acrescentou que a lentidão se deu por uma falha no supercomputador que centraliza o somatório dos resultados das urnas.
Nas eleições anteriores, cada TSE regional agregava os resultados das urnas e repassava a informação para Brasília. Este ano, ao contrário, a informação foi enviada para o supercomputador que unificava esta contagem.
Hacker entrou no aplicativo e-Título?
Não. O aplicativo que exibe o título de eleitor no formato digital é baixado diretamente das lojas oficiais Google e Apple. No entanto, assim como o site para consulta aos locais de votação, o aplicativo necessita acessar a base de dados do TSE.
Por conta do ataque que inundou os servidores com milhares de acessos simultâneos, os requerimentos dos eleitores jamais chegavam ao destino. Por esse motivo, apesar do ataque hack desta semana não ter conseguido acessar dados sigilosos, certamente atrapalhou o dia das eleições.
Como me proteger de um ataque hacker?
Primeiramente, é importante evitar abrir links e arquivos suspeitos ou de origem desconhecida. Em seguida, deve-se tomar muito cuidado ao receber ligações e mensagens em redes sociais.
Alguns atacantes utilizam e-mails e nomes muito similares ao das grandes empresas, se passando por atendentes ou representantes. Dese modo, jamais informe suas senhas e credenciais de acesso.
A equipe da exchange Mercado Bitcoin preparou uma sequência de vídeos falando sobre como evitar golpes na internet.