Eleições 2020: saiba como funciona a pesquisa eleitoral

Perto das eleições, são divulgadas as intenções de voto da população, em geral. Contudo algumas pessoas desconfiam da confiabilidade das empresas de pesquisas.

Eleições 2020 – Com a aproximação da decisão eleitoral no Brasil, as pesquisas de intenção de voto começam a ser feitas com frequência e analisadas  por especialistas. Descobrir qual candidato está na frente pode ser importante tanto para a população entender o cenário, quanto para os concorrentes fazerem suas estratégias.

Frequentemente, entretanto, a confiabilidade das pesquisas eleitorais é posta em cheque. Entenda como as simulações são feitas e o nível de credibilidade.

Confira também, quais partidos lideram nas capitais nas eleições 2020.

Eleições 2020: Como funciona a pesquisa eleitoral?

A pesquisa é encomendada por algum grupo da mídia. A partir daí, as empresas de dados vão procurar um grupo de entrevistados, de idade, gênero, raça, classes variados para entrevistar e procurar saber quais são suas intenções de votos nas eleições. Então, eles fazem uma porcentagem para demonstrar quais candidatos devem ser mais ou menos votados nas eleições.

Existem dois tipos de pesquisas que podem ser feitas:

Espontâneo: em que o eleitor indica em quem pretende votar sem nomes mencionados por parte do entrevistador. Por isso, podem aparecer nomes que nem pretendem se candidatar. Estimulado: o pesquisador apresenta o nome de todos os candidatos e pede para que o entrevistado escolha um entre eles.

A pesquisa eleitoral serve para que a população tenha noção de como o cenário politico caminha. A partir disso, também é possível que os candidatos tracem suas estratégias para conquistar votos.

As pesquisas são registradas na Justiça Eleitoral, com os dados e informação de como ela foi feita e quanto foi gasto.

Amostra

A amostra é o grupo de pessoas que vai ser entrevistado para determinada pesquisa. Nela estão todos os entrevistados escolhidos para responder a pesquisa. É preciso selecionar uma amostra, porque não é possível consultar uma população inteira. O Brasil, por exemplo, tem mais 145 milhões de eleitores.

Mas para fazer uma boa amostragem, ela precisa representar a maior parte ou toda a população. Então, as empresas seguem critérios científicos para entrevistar a maior variedade de eleitores.

Eleições 2020: Como escolhem os entrevistados?

Para isso, os institutos têm como metodologia um sistema de cotas proporcionais à população, com base nos últimos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Por exemplo, o Datafolha usa como variáveis as proporções de sexo e faixa etária. Já o Ibope usa cotas proporcionais de sexo, idade, grau de instrução e situação econômica.

A quantidade de entrevistados varia de acordo com a comunidade e população em que a pesquisa está sendo realizada.Há quem diga o número de entrevistados é relevante. Mas alguns são contra essa ideia. “Não há tamanho mínimo para uma amostra eleitoral. O mais importante é a sua representatividade, ou seja, como são selecionados os entrevistados”, afirma o Datafolha ao UOL.

O Datafolha faz entrevistas nas ruas, já o IBOPE em domicílios. Mas com a pandemia do coronavírus, as empresas estão apostando em fazer entrevistas remotas, por telefone. Mas algumas empresas afirmam que ainda vão continuar apenas nas ruas, outras vão mesclar. Pois pelo telefone, alguns grupos podem ficar de fora da amostra.

Eleições 2020: foto mostra cédula de pesquisa eleitoral
Foto: arquivo

Eleições 2020: Margem de erro

A margem de erro é inevitável em uma pesquisa, pois é impossível entrevistar todos os eleitores de todos os municípios. Portanto, as empresas estipulam um percentual que pode ser variar para mais ou menos. A maior parte dos métodos considera a margem de erro entre 1 e 4 pontos percentuais.

O nível de confiança normalmente definido pelos institutos de pesquisa é de 95%. Ele é medido pela repetição de vezes em que um estudo é feito. Isso quer dizer que de 100 pesquisas feitas, em 95 os resultados vão ser semelhantes entre si.

Os resultados eleitorais são semelhantes aos das pesquisas. Por exemplo, em São Paulo, por exemplo, Geraldo Alckmin aparecia com 59% das intenções no Datafolha e 57% no Ibope. Foi eleito no primeiro turno com 57,3%. Embora algumas vezes podem errar, em 2018 as pesquisam indicavam a Dilma em primeiro lugar para senado mineiro, mas ela terminou em quarto lugar.

Mas é importante lembrar que a pesquisa representa um momento. Por isso, a intenção de voto da população pode ser em um candidato em uma semana e mudar na outra. Por essa razão, as pesquisas podem, e vão, errar alguns resultados finais.

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