Eleições 2020: o que pode e não pode no WhatsApp no período eleitoral?
Neste ano, pela primeira vez, está proibido pela Justiça a realização de disparos em massa no aplicativo durante as eleições.
Com a pandemia do novo coranavírus, fica até difícil lembrar que 2020 é um ano eleitoral, mas as votações municipais seguem e estão marcadas para novembro. As eleições 2020 também trazem alguns novos elementos para a campanha que vão além das normas de segurança para a prevenção da covid-19: pela primeira vez, a Justiça Eleitoral definiu regras para a utilização do WhatsApp na campanha eleitoral. Mas o que isso significa? Como isso afeta a propaganda eleitoral? E os usuários do WhatsApp? Veja aqui:
WhatsApp e as eleições 2020
Neste ano, a Justiça eleitoral proibiu o disparo em massa de mensagens durante o período da eleição. Tais mensagens são caracterizadas como conteúdo alarmista e também impessoal.
Mas não pode usar o aplicativo para fazer campanha?
Pode sim. Não é proibido o uso do WhatsApp, e sim o disparo de mensagens em massa, muitas vezes repletas de desinformação. Também fica proibido o uso de robôs para realizar esse envio de mensagens e os eleitores precisam receber a opção de saírem de uma lista de transmissão da qual não desejem fazer parte.
É importante ressaltar também que os envios de mensagem devem ser feitos pelo candidato ou pelo partido, utilizando a lista de contatos e cadastrados dos próprios.
Estou recebendo disparos em massa. CFomo proceder?
Por conta da proibição durante estas eleições, a Justiça Eleitoral incentiva que se denuncie mensagens suspeitas recebidas de contatos desconhecidos ou de diversos grupos ao mesmo tempo.
Para isso, foi criada uma página na internet com um formulário de denúncia, onde o eleitor pode reportar mensagens que tenha recebido em seu WhatsApp. Basta entrar, preencher alguns dados pessoais e explicar qual o conteúdo da mensagem e o motivo da denúncia.
O objetivo é impedir a disseminação de fake news e camapanhas de ódio contra candidatos e instituições. O WhatsApp atua junto à Justiça Eleitoral para auxiliar neste processo.
“Sabemos que existem empresas que oferecem serviços ilegais de disparo em massa de mensagens, por isso o WhatsApp solicita aos candidatos que rejeitem essas propostas e façam as devidas comunicações às autoridades constituídas”, disse o diretor de relações públicas do WhatsApp, Dario Duringan, durante o lançamento do formulário.