O presidente Jair Bolsonaro fez hoje, terça, 22/9, o discurso de abertura da 79º Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Mas o que chamou a atenção foram os dados distorcidos sobre o auxílio emergencial, uso da cloroquina e desmatamento da Amazônia. A busca no google por “Bolsonaro mente na ONU” deu um salto; veja o que o mandatário declarou:
Discurso de Bolsonaro na ONU na íntegra
Bolsonaro mente na ONU:
Falas exageradas e insustentáveis chamaram a atenção no discurso de Bolsonaro na ONU.
AMAZÔNIA
Apesar de citar a redução de 32% do desmatamento no mês de agosto se comparado com o mesmo mês do ano anterior, os números apresentador por Bolsonaro estão fora da realidade.
Dados trazidos pelo Yahoo!, levantados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônica (Imazon), mostram que o desmatamento continua crescendo: foram desmatados 1.606 km² de floresta em agosto, um aumento de 7% em comparação ao ano passado.
AUXÍLIO EMERGENCIAL DE 800 DÓLARES?
Ao falar da pandemia que assolou o mundo, Bolsonaro disse ter concedido um auxílio emergencial no valor de 800 dólares a 68 milhões de brasileiros em 2020, o equivalente a R$ 4 mil. Mas em 2020, o pagamento do benefício era de R$ 600, com exceção para as mães solo recebiam R$ 1.200.
TRATAMENTO PRECOCE
Embora não tenha nenhuma comprovação científica, Bolsonaro voltou a defender o uso do “tratamento precoce” contra a covid. Ao contrário da recomendação do presidente, o uso de cloroquina e ivermectina já mostrou que não é eficaz como tratamento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) suspendeu seus testes, dizendo que a droga não reduz as taxas de mortalidade em pacientes com coronavírus.
A hidroxicloroquina é usada há muito tempo para tratar a malária e também outras doenças, como lúpus e artrite. Já a ivermectina é um agente antiparasitário de amplo espectro, incluído na lista de medicamentos essenciais da OMS para várias doenças parasitárias. É utilizado também para tratar a sarna.