Bolsonaro é eleito pessoa do ano em crime organizado e corrupção
O Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCPRP), Projeto de Relatório sobre Crime Organizado e Corrupção, elegeu o presidente brasileiro como personalidade do ano.
O Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCPRP), Projeto de Relatório sobre Crime Organizado e Corrupção, elegeu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como a personalidade que mais auxiliou a corrupção e o crime organizado em 2020. Os motivos de tal escolha passam por Bolsonaro ter se “cercado de figuras corruptas, usado propaganda para promover sua agenda populista, minado o sistema de Justiça e travado uma guerra destrutiva contra a região da Amazônia, o que enriqueceu alguns dos piores proprietários de terras do país”. Donald Trump também estava na disputa este ano.
Veja também a retrospectiva do governo.
Organized Crime and Corruption Reporting Project (OCCPRP)
Criado em 2006, O OCCPRP é um consórcio formado por centros de investigação, mídia e jornalistas, que operam na Europa Oriental, Cáucaso, Ásia Central e América Central. Em outros anos, nomes Vladimir Putin, Nicolás Maduro e Rodrigo Duterte também foram escolhidos.
Corrupção Bolsonaro
O relatório deste ano diz que “Bolsonaro venceu por pouco o duvidoso prêmio de dois outros líderes populistas, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente turco, Recep Erdogan”. Os juízes afirmam que a escolha de Bolsonaro se deu pelo fator da hipocrisia, pois o presidente se elegeu com o discurso de que acabaria com a corrupção e não fez, segundo o relatório. Além disso, alguma das ações do presidente não afetam apenas o Brasil, como a exploração da Amazônia.
Um dos juízes ainda disse que o circulo social de Bolsonaro, assim como familiares, estão envolvidos em alguma investigação de organização criminosa. O documento ainda dá exemplos, como a investigação das “rachadinhas” de Carlos Bolsonaro, O relatório ainda cita o envolvimento de Michelle Bolsonaro nesse caso, ou a proximidade de Flávio com a milícia no Rio de Janeiro.
Populismo
Segundo Louise Shelley, diretora do Centro Transnacional de Crime e Corrupção (TraCCC), da George Mason University, o tema central esse ano foi o populismo. “Todos são populistas causando grandes danos aos seus países, regiões e ao mundo. Infelizmente, eles são apoiados por muitos, o que é a chave do populismo”, ela afirma.