Aprovação de Bolsonaro em 2021 é menor do governo, diz pesquisa
Gestão do presidente é reprovada por 54%, segundo levantamento EXAME/IDEIA divulgado nesta sexta-feira (23)
A aprovação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é de 25%, segundo levantamento EXAME/IDEIA divulgado nesta sexta-feira (23). A rejeição chegou a 54% e atingiu o pior índice desde o início de sua gestão, em janeiro de 2019. A margem de erro é de três pontos percentuais.
A desaprovação ao presidente é a mesma registrada pela pesquisa em julho do ano passado, quando o país enfrentava o pico da primeira onda da pandemia. Ao todo, 20% nem aprovam ou desaprovam o trabalho de Bolsonaro.
Foram ouvidas 1,2 mil pessoas entre 19 e 22 de abril.
Aprovação de Bolsonaro é menor no Nordeste
A aprovação de Bolsonaro segue, principalmente, na região Norte (51%), e entre pessoas evangélicas (44%).
Pessoas com idade entre 30 e 39 anos constituem a parcela com maior desaprovação ao presidente (57%). Regionalmente, a maior rejeição está no Nordeste (58%).
Já em relação à condição econômica, a aprovação de Bolsonaro é menor entre as classes D e E (55%).
Segundo Maurício Moura, fundador do IDEIA, instituto de pesquisa responsável pelo levantamento, o atraso na vacinação contra a covid-19 é um dos principais impactos para a rejeição. “A avaliação ruim é consequência de três fatores. O primeiro é a sensação de que a o ritmo de vacinação ainda não decolou. Em segundo, a gente teve semanas com recordes em relação ao número de mortos em decorrência da covid-19, e isso atrapalha a avaliação presidencial. Por último, a população não percebeu até agora um efeito positivo da nova rodada do auxílio emergencial”, avalia Moura.
Reeleição e Lula
A pesquisa também perguntou sobre as eleições presidenciais de 2022. 50% não querem que Bolsonaro siga no comando do Palácio do Planalto, enquanto 39% votariam pela sua reeleição.
Perguntados sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 52% dos entrevistados não o querem como presidente novamente, ante 41% favoráveis à eleição.
A sondagem ainda indicou pela primeira vez que Lula venceria Bolsonaro em uma eventual disputa de segundo turno. O petista registrou 40% das intenções de voto, contra 38%.
Leia também:
10 vezes que Jair Bolsonaro menosprezou a pandemia de Covid-19